Não são poucas as questões importantes na agenda dos argentinos, mas o tema destacado nas conversas em cada canto do país é a lista de 30 jogadores anunciada na última terça-feira pelo técnico Diego Armando Maradona para disputa da Copa do Mundo de 2010.
Assim como no Brasil, existe a máxima que na Argentina qualquer pessoal é um treinador e potencial. É por isso que não é muito difícil convencer os torcedores argentinos de interromper por uns minutos as tarefas laborais e aproveitar para falar sobre futebol e da "Selección".
É o caso do jornaleiro Matías Tibério, de 19 anos, que não acredita em alguns nomes presentes na lista do Maradona.
"Ele chamou jogadores que somente jogaram um amistoso com a seleção. Com isso eles já estão prontos para ir para a Copa? É insólito falar de caras como o Sebastián Blanco ou o Juan Manuel Insaurralde. É incrível. A camisa da Argentina tem um peso enorme. Estamos falando de uma Copa do Mundo", salientou Tibério.
Por outro lado, o garçom Diego Moreno, de 30 anos, pensa justamente o contrário.
"Acho que Diego chamou os jogadores que ele tinha que chamar. Ele escolheu 30, mas acho que ele deveria ter escolhido 23 direto. Porque agora cortar sete é uma tortura para os atletas. Para os 30 que vão passar alguns dias sem saber o que vai acontecer. Nesse sentido o Dunga, um ídolo para mim como jogador e também agora como técnico, fez as coisas muito melhor", observou Moreno, que trabalha na tradicional pizzaria de Buenos Aires "La Mezzetta".
O mecânico Roberto José Visciglia, prefere destacar a renovação. Ele tmabém queria que outro veterano, além de Zanetti e Cambiasso, fosse cortado.
"Tem alguns jogadores que já encerraram uma etapa boa na seleção. Agora tem que dar lugar ao jovens. Confio muito na juventude. Zanetti, Cambiasso foram bem excluídos pelo Maradona, mas eu também deixaria o Verón fora".
Visciglia também deixa duas opiniões compartilhadas por muitos argentinos: a de que Maradona não é um técnico de verdade e de que o Brasil é o favorito ao título do Mundial da África do Sul.
"Respeito as decisões do Diego. A gente está com ele até o fim. Queremos que ele traga a Copa. Mas o problema é que você precisa de disciplina até para andar de bicicleta. E o Diego não tem a disciplina necessária para ser o técnico da Argentina. Meu medo é o da gente voltar para casa na primeira fase e acho que o campeão vai ser Brasil".
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano