A situação da Nigéria, que parecia ter se resolvido no início da tarde de ontem, ainda desperta a atenção da Fifa. Foi o que disse o porta-voz da entidade, Nicolas Maingot, durante a entrevista coletiva concedida diariamente no estádio Soccer City, em Johannesburgo. A seleção nigeriana escapou de uma suspensão por causa da interferência do governo do país na Federação de Futebol da Nigéria (FFN).
"Continuaremos de olho na situação da Nigéria. Gostaria de falar sobre os jogos dessa Copa. Tudo que posso falar sobre a Nigéria estou falando. Não há mais informações no momento, apenas que continuaremos acompanhando de perto o que está acontecendo", disse Maingot.
Depois da eliminação na Copa do Mundo da África do Sul, onde ficou em último lugar do Grupo B com apenas 1 ponto, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan anunciou que a seleção ficaria fora das competições oficiais por dois anos para reorganizar o esporte no país. A decisão não agradou em nada a Fifa, que não aceita interferências políticas no futebol.
Ao saber da sanção, a entidade que rege o futebol no mundo enviou uma carta ao governo nigeriano dando um prazo de 48 horas para que a proibição fosse retirada e um mediador para contornar a situação. Mas ao invés da situação melhorar, no último domingo o presidente da FFN, Sani Lulu e o vice, Amanzé Ugbulam.
Com o prazo se encerrando às 18h (13h no horário de Brasília) dessa segunda-feira, a expectativa por uma punição da Fifa era grande. Mas por volta das 14h (9h no Brasil), a entidade recebeu uma carta do governo nigeriano afirmando que a suspensão da participação do país em competições internacionais estava retirada e que reconhecia a atual chefia da FFN, querendo dizer que o presidente e o vice da federação teriam seus cargos devolvidos.
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