Com a Copa do Mundo dividindo o Brasileiro em dois, as comissões técnicas de Atlético, Coritiba e Paraná estudam como fazer a melhor preparação física dos seus atletas. Tudo para atingir os objetivos, como a ambição das três equipes de conseguir o aproveitamento de 60% dos pontos disputados antes do torneio da Fifa.
De acordo com o preparador físico do Atlético, Riva Carli, em uma temporada com Mundial é necessário aproveitar ao máximo os dias antes do Campeonato Nacional. "Após fazer uma reavaliação da equipe, é possível aproveitar a ausência de jogos para aumentar o volume de treinos físicos, técnicos e táticos. A semana fica cheia", conta.
Porém, com o começo do torneio nacional no próximo final de semana, será necessário voltar ao ritmo normal de treinos, como conta o preparador físico do Coritiba, Alexandre Lopes. "São sete jogos em 30 dias. A única mudança neste período é um trabalho de manutenção de força para alguns e ganho para outros. Nossos atletas já estão em um nível bom para suportar perfeitamente este mês", garante.
Até que, com o começo da Copa, o trabalho poderá ser mais qualificado. Isso fará a felicidade dos profissionais da área, segundo o responsável pelo setor no Paraná, Juvenilson de Souza. "Imagino que todos os preparadores físicos do país vão comemorar, pois nos dá a possibilidade de dar um upgrade na preparação. Não só a física, como a técnica, tática e emocional, que são os fatores que interferem no rendimento de uma equipe", afirma.
Carli concorda que a parada deve ser benéfica para todos. "Normalmente em setembro, quando se atinge dois terços da temporada, há um declíneo de força e capacidade dos atletas. A ausência de jogos durante a Copa do Mundo é a oportunidade que temos para voltar aos treinos com mais intensidade e força", explica o atleticano.
Segundo o preparador físico do Furacão, tudo é pensado para que a equipe tenha dois ápices físicos: no final do primeiro e do segundo turno do Brasileiro. "Quando estiver finalizando a primeira etapa, eles devem estar no máximo. Depois decresce e em seguida sobe de novo até o final. É o que chamamos de realização da competição."
Já o responsável pelo condicionamento dos atletas do Tricolor acrescenta que o Mundial vai diminuir um pouco a defasagem em relação ao que é feito no resto do mundo. "Nos outros mercados [Europa e Ásia] há um período de pré-temporada, por volta de oito semanas, antes de iniciar a principal competição. No nosso calendário nos sobra, com sorte, duas semanas", argumenta Souza
Na mesma linha, o profissional do Coritiba conta que o período do torneio da Fifa está sendo encarado como a verdadeira pré-temporada. "Durante o Mundial teremos o dobro de tempo para preparar a equipe do que tivemos antes do Paranaense. Poderemos inclusive dar um descanso de mais tempo para que eles se recuperem", lembra Lopes.
O preparador coxa-branca, aliás, terá de combater um cansaço maior por causa das viagens para Joinville nos dez primeiros jogos da equipe como mandante. "Será parecido com os jogos em Paranaguá. Joga e retorna no mesmo dia. Vai ser uma batalha, mas não estamos fazendo drama. É possível contornar", garante.
A expectativa é que, após o torneio na África do Sul, os torcedores dos clubes nacionais possam ver um futebol de melhor qualidade. "O torcedor e a imprensa vão perceber que, tanto na Série A quanto na B , os clubes vão adquirir uma condição muito melhor depois desta paralisação", aposta Souza, do Paraná.
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