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O artilheiro Villa recebeu em posição de impedimento e bateu duas vezes. Na primeira o goleiro Eduardo se saiu melhor, mas na segunda não teve jeito | Olec Popov/Reuters
O artilheiro Villa recebeu em posição de impedimento e bateu duas vezes. Na primeira o goleiro Eduardo se saiu melhor, mas na segunda não teve jeito| Foto: Olec Popov/Reuters

Deco fora

O meia luso-brasileiro Deco se despediu melancolicamente da seleção portuguesa, na reserva. Em má fase técnica e questionando o técnico Carlos Queiroz, o jogador perdeu espaço no time durante a Copa.

Ele saiu do time após a primeira partida por ter se machucado, mas também já havia entrado em atrito com o treinador. "Uma lesão em Mundial, por menor que seja, atrapalha. Mas eu estava à disposição, foi opção do técnico que eu não jogasse [ontem]", falou ele, que já tinha amadurecido a ideia de se aposentar da seleção. "Não me arrependo de ter conseguido a nacionalidade portuguesa. Lamento sair sem ter conquistado título."

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No encontro do segundo colocado do ranking da Fifa com o terceiro, venceu o melhor. A Esp­­a­­nha fez 1 a 0 em Portugal no confronto ibérico das oitavas de final da Copa e pegará agora o Paraguai.

David Villa, mais uma vez, salvou a Fúria, que não fez uma grande partida, mas foi fiel ao seu estilo cadenciado, de toque de bola. Um gol aos 18 minutos do segundo tempo vazou, enfim, o goleiro português Eduardo, que viveu hoje mais um dia inspirado.

Nos primeiros sete minutos da partida, ele já havia feito três defesas, duas em chutes de Villa e uma em arremate de Fernando Torres, que voltou a decepcionar.

Portugal teve suas chances no primeiro tempo, quando equilibrou e foi até superior em certos momentos. O goleiro espanhol Casillas teve de fazer duas boas intervenções, uma em chute de falta de Cristiano Ronaldo, outra em chute de Tiago, que quase Hugo Almeida marcou de cabeça no rebote do goleiro. Tiago, que jogou no lugar de Deco mais uma vez, também teve sua chance de cabeça no fim da etapa inicial.

No segundo tempo, a Espanha subiu de produção, especialmente após a saída de Fernando Torres. Llorente entrou muito mais disposto e ajudou Villa a brilhar, disputando também no corpo com os zagueiros portugueses.

O técnico lusitano, Carlos Queiroz, colocou o zagueiro Pepe como um volante à frente dos beques Ricardo Carvalho e Bruno Alves para tentar minar as jogadas criadas por Xavi e Iniesta. Porém bastou uma trama dos dois craques do Barcelona para o zero sair do placar no estádio Green Point.

Iniesta achou Xavi já dentro da área, e ele tocou de letra para Vil­­la, alguns centímetros em po­­sição de impedimento, fuzilar duas vezes. Na primeira, o goleiro Eduardo conseguiu evitar o gol, mas, na segunda, a bola tocou no travessão e entrou.

Villa, que anotou seu quarto gol na Copa e se juntou aos principais artilheiros da disputa – o argentino Higuaín e o eslovaco Vittek –, jogava aberto pela esquerda e continuou infernizando a defesa lusa. Com um chute de longa distância, quase fez 2 a 0.

Queiroz colocou Liedson, Danny e Pedro e tentou um su­­foco no final, mas Casillas mais assis­­tiu ao jogo na se­­gunda etapa do que qualquer outra coisa. No final, o português Ricardo Costa atingiu Cap­­devila sem bola e foi expulso.

Portugal se entregou, e alguns aplausos tímidos para o toque de bola do time espanhol surgiram no estádio. A Espanha prossegue atrás do título inédito. Se passar pelo Pa­­raguai nas quartas, já igualará, no mínimo, sua melhor campanha em Copas: o quarto lugar no Mun­­dial do Brasil, em 1950.

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