Imagine-se em um navio naufragado na costa africana com mais de 400 espécies marítimas e 10 mil habitantes aquáticos ao seu redor. Ao entrar no Mundo Marítimo de Ushaka (Ushaka Marine World), na África do Sul, essa situação existe.
No convés e nas partes internas da embarcação, 32 tanques estão recheados de peixes, anêmonas, raias, tartarugas marinhas e, especialmente, tubarões. É o quinto maior aquário do planeta.
Os Reis dos mares ficam separados da maioria dos outros habitantes do aquário de Durban. Alguns pequenos "vizinhos" de compartimento servem apenas para limpar as sujeiras e virar alimento se os fe rozes ficarem com fome fora de hora.
Animais já mortos são jogados geralmente como prato principal. Mas os 45 tipos de tubarões criados em cativeiro têm muita vontade de morder o que veem pela frente.
Claro, nem todos são perigosos. Alguns são até dóceis e aproximam-se do vidro para ver de perto o público que os contempla. Já outros rondam com cara feia a gaiola com que as pessoas podem se atirar na água.
Desde 2004, quando a atração foi inaugurada, nunca ocorreram acidentes. Mesmo assim, é preciso coragem para se aventurar dentro da cápsula envidraçada. Muitas vezes, o tubarão deseja apenas saber do que se trata, e por isso ataca.
"A mordida é o cumprimento do tubarão. Para as pessoas seria dar a mão, para eles é morder. O problema é que assim o indivíduo já perde a perna", explica Judy Mann, diretora do Mundo Marítimo.
Ataques contra banhistas e surfistas são normais no litoral sul-africano. As tragédias ocorrem geralmente na região da Cidade do Cabo, no extremo Sul do país. Em extinção, o tubarão branco (que não existe na amostra de Durban) é o mais feroz.
"A raça desta espécie está criando uma autodefesa que é atacar. Muitas vezes, também confundem pessoas que estão no mar com focas", revela Judy, sobre a alimentação predileta das feras.
No entanto, falar apenas da natureza dos tubarões seria desprezar todo restante do acervo existente no lugar. Há animais marítimos de todos os tamanhos por lá.
Alguns, minúsculos, vivem sozinhos em pequenas caixas envidraçadas. Outros estão até ao alcance das mãos. É o caso das anêmonas. Inseridas em um balcão com água disponível para todos os visitantes colocarem o dedo na parte interior delas.
"Quem ainda não conheceu esse lugar precisa vir. Me surpreendi. É o melhor ponto turístico de Durban. Algo muito diferente", opina o professor de educação física brasileiro Evandro da Costa.
Para completar o passeio, uma visita ao estádio dos golfinhos, com 1.200 lugares, fecha o dia. Em uma atração tipicamente americana, especialmente as crianças se deliciam com os saltos, "rabadas" nas bolas e brincadeiras com arcos.
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