Em um dos fundamentos mais importantes do futebol, o meia Xavi Hernández, da Espanha, tem sido insuperável na África do Sul. Em números absolutos, ninguém na Copa fez ou acertou mais passes que o jogador da Fúria, que enfrenta o Paraguai amanhã, pelas quartas de final.
Xavi tentou 368 passes em quatro jogos, conseguindo acertar 80% deles. Mas não é o único de camisa vermelha a tocar muito a bola. O segundo lugar, entre todas as seleções, também é de um espanhol: Xabi Alonso, com 40 tentativas a menos. Depois vem Sergio Busquets e até o zagueiro Piqué. Desempenhos que, naturalmente, deixam a Espanha como a líder entre todas as seleções. São 300 toques a mais do que o segundo colocado Brasil.
Confiando no controle de bola da equipe média de 59% por partida, também o maior índice da Copa , o camisa 8 acredita na principal virtude da equipe para chegar à semifinal. "Temos de priorizar a posse de bola, tocar de um lado para outro esperando que os espaços se abram. Foi assim que vencemos Portugal. É assim que temos de seguir jogando", ensinou.
No Barcelona desde os 11 anos de idade, o meia de 30 anos está no seu terceiro e provavelmente melhor Mundial. Na Eurocopa de 2008, quando a Espanha foi campeã, ele foi eleito o melhor jogador da competição. Ao todo, Xavi contabiliza 91 partidas pela sua seleção, que defende há uma década.
Considerado o cérebro da Fúria, movimenta-se por todo o gramado, fazendo tanto a função de armador como a de marcador no meio de campo. Um exemplo da intensa movimentação está no número de jogadores que já receberam passes dele na Copa: 16. De todos os espanhóis que já entraram em campo, apenas os reservas Arbeloa, Mata e Marchena não estão na lista.
Com uma participação tão ativa, é natural que o jogador do Barcelona lidere as estatísticas. Nos passes médios, por exemplo, ninguém fez mais que os 237 de Xavi. Até quando se fala em escanteios, ele foi o que mais cobrou no Mundial. Outra prova do volume de jogo do time.
Ofensivamente, Xavi também se destaca. Foi o terceiro que mais fez cruzamentos, o quarto que mais lançou os companheiros (com exceção dos goleiros), o segundo que mais correu com a bola e o primeiro que deu mais passes dentro da área empatado com Asamoah, de Gana.
Na comparação com os jogadores do Brasil, o único que pode se vangloriar de ser melhor que o espanhol em algum tópico relativo a toque de bola é Robinho. Nos curtos, supera em um o rei dos passes na África. Pelo menos até agora.
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