Ofensividade ameaçada por nervosismo em jogo decisivo do grupo H

Os grandes também caem. A lição ensinada pelos finalistas do último Mundial, Itália e França, eliminadas na primeira fase na África do Sul, serve bem para a Espanha nesta sexta-feira (25). De principal candidata a campeã, a Fúria pode engrossar a lista de zebras que desfilam nesta Copa do Mundo.

Nem o empate serve contra o Chile, às 15h30, em Pretória, pois deixaria La Roja nas mãos da frágil Honduras – os centro-americanos teriam de segurar a Suíça no outro jogo do grupo. Já um triunfo passaria a batata quente para os chilenos, que também teriam de torcer contra os suíços para não serem desclassificados apesar de somarem duas vitórias.

A derrota na estreia, justamente para o retrancado time dos Alpes, liberou uma série de dúvidas em relação à campeã europeia Espanha, seleção que tradicionalmente paga mico no torneio mais importante do mundo. Um dos criticados é o técnico Vicente del Bosque, que procurou passar tranquilidade em entrevista ao jornal Marca. "Não sei bem quem, mas tem gente empenhada em dizer que estou com raiva e enfrentando meio mundo", reclamou. "Isso é mentira e posso falar bem alto. Estou tranquilo e relaxado. Estou melhor do que nunca", completou ele, que terá força total para a "decisão" desta tarde.

A partida promete, já que o Chile tem mostrado um futebol ofensivo, não dá sinais de que pretenda mudar de estratégia, mas sabe da pedreira que vai encarar. "É a partida mais importante de todas, contra um adversário que chegou como favorito ao título, mas sabemos que temos que seguir trabalhando igual. Nós não treinamos para jogar por empate, seria ilógico", afirmou o goleiro Bravo.

"Estamos mantendo uma mesma linha, muito concentrados em apenas entrar em campo e manter o que sabemos fazer. Nada neste elenco tem subestimado a tremenda capacidade dos espanhóis", acrescentou o zagueiro Ponce. A equipe sul-americana não terá o apoiador Fernández e o volante Carmona, ambos suspensos. Valdívia e Vidal surgem como candidatos a substitutos.

Depois de ter dificuldade contra o defensivismo suíço e hondurenho, ter como oponente um time que saia para o jogo pode até favorecer a Espanha, mesmo sendo o rival tecnicamente mais qualificado do grupo. Escaldados, porém, com a derrota na estreia, os jogadores europeus evitam subestimar o Chile. "Temos muito respeito pelo Chile, que demonstrou ser uma equipe competitiva, aguerrida, sem medo, que vai ao ataque e é valente", falou o zagueiro Marchena.

Ao vivo

Chile x Espanha, às 15h30, na RPC TV, Band, BandSports, SporTV, ESPN Brasil.

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