Diz o ditado que é de pequenino que se torce o pepino. Se é assim, a Espanha vai ter daqui a dez anos uma nova geração de torcedores incondicionais do futebol que hoje comemora sua entrada no selecto clube de campeões mundiais. Nesta segunda-feira, nas ruas de Madri, eram incontáveis as famílias que levaram suas crianças para ver passar o cortejo com os jogadores e comemorar com propriedade.
Miguel Ángel Fernandez e sua esposa, Carolina Rabel, não pensaram duas vezes quando souberam que a seleção faria a festa da vitória passando pelas ruas da capital espanhola. O casal, de nacionalidade paraguaia, fez questão de trazer os dois filhos, principalmente o caçula, Benjamin, nascido aqui há apenas 9 meses.
"Esse vai ser como o Iniesta", afirmou o pai, orgulhoso, que levou o menino no ombro durante todo o tempo que durou a espera pela passagem do ônibus com os jogadores. Para eles, o fato de a seleção de seu país natal ter sido eliminada pelos espanhóis não chega a ser motivo de tristeza. "Pelo menos temos o consolo de ter perdido para os campeões do mundo", disse Carolina.
Outro que saiu de casa cedo para esperar a seleção passar foi Miguel Ángel García. Junto com a mulher, uma amiga e todas as crianças, foi até um dos pontos por onde passaria o ônibus com quatro horas de antecedência sem saber que haveria um atraso de mais de uma hora na "procissão". Nada parecia exagero para saudar os campeões do mundo de futebol.
"Foi muita emoção, passamos mal durante toda a final. Agora merecemos ver essa Copa de perto", explica. "E muito mais para que as crianças possam ter desde cedo a paixão pelo futebol", concluiu.