300 mil turistas estrangeiros são esperados na África do Sul para a Copa do Mundo. O número é 67% menor que a estimativa inicial, em que o país receberia 450 mil visitantes de outros países durante o Mundial.
2 carros populares é o que se pode comprar com o custo do pacote turístico básico para acompanhar todos os jogos do Brasil, caso o time chegue à final. O investimento de US$ 23.283,00 assegura 31 dias de hospedagem e traslado no país-sede. Equivale a R$ 43,8 mil.
R$ 16.900,00 é o valor do pacote básico para quem vai acompanhar o Brasil só na primeira fase. Na Copa da Alemanha, em 2006, o gasto foi menor: para os três primeiros jogos da seleção nacional, o investimento foi em torno de R$ 9,4 mil.
40 paranaenses compraram, até agora, pacotes turísticos para a Copa na África do Sul em agências em Curitiba, o que representa apenas 1/3 do que foi comercializado no último Mundial.
300 mil noites reservadas em hotéis foram devolvidas pela Match, empresa credenciada pela Fifa para comercializar pacotes turísticos para a Copa, à rede hoteleira sul-africana. Das 1,9 milhão de reservas iniciais, apenas 600 mil continuam garantidas.
Às vésperas do início da Copa do Mundo, o ministro do Turismo da África do Sul, Marthinus van Schalkwyk, confirmou que o país-sede deve receber em torno de 300 mil turistas estrangeiros durante o Mundial. O número, que equivale à população de Cascavel, é bem menor do que a estimativa inicial, de 450 mil.
Os paranaenses também estarão em quantia menor do que a esperada pelas agências de turismo. A meta era de, ao menos, repetir a cota de pacotes turísticos vendidos para a última Copa, na Alemanha (2006). "No último Mundial, negociamos 120 pacotes. Este ano, foram 40", contabiliza o diretor da Meridiano Turismo (operadora em Curitiba autorizada pela Fifa), André Luiz Macias.
O ministro sul-africano aponta a crise financeira mundial iniciada no final de 2008 e que ainda afeta alguns países como uma das principais causas par a queda dos números. Afinal, a primeira projeção havia sido feita há quatro anos. "Ninguém pode prever nada num período de crise econômica mundial", justificou Schalkwyk.
Já Macias enumera outros fatores que deixaram o torcedor mais relutante em acompanhar a equipe nacional in loco. "Muita gente ainda tem preconceito com a África do Sul por não conhecer o que o país oferece. Os pacotes também ficaram mais caros pelo custo do transporte interno e das altas tarifas na hotelaria. O clima é mais frio, mas não a ponto de ser um atrativo, também pesa", diz.
O torcedor que investiu cerca de US$ 5 mil (R$ 9,4 mil) para assistir aos três jogos da primeira fase na Alemanha, terá de desembolsar pelo menos US$ 9 mil (R$ 16,9 mil) para fazer o mesmo na África do Sul. Valor que não inclui os custos com os ingressos variável de US$ 20 a US$ 450, conforme a importância da partida e o local no estádio. As agências de turismo garantem a reserva das entradas ao cliente.
Acompanhar as partidas desde a primeira fase até a final, em 11 de julho, é um investimento para poucos: R$ 43,8 mil no pacote básico, com 31 dias na África do Sul, com hospedagem, city tour e traslado entre o hotel e as cidades em que o Brasil irá jogar (Johannesburgo e Durban, na primeira fase). Com o valor, é possível comprar dois carros populares (modelo Mille Fire, da Fiat, flex, 1.0).
"Ah, não teria como assistir toda a Copa. Vou ver os jogos contra a Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal, que couberam no bolso", diz o bancário Gustavo Rolin, 29 anos, um dos poucos paranaenses que vão testemunhar de perto o desempenho da seleção. "É o momento certo de realizar meu sonho de assistir a um Mundial. Nas Copas anteriores, eu não tinha capital. Em 2014, os jogos serão no Brasil. Em 2018, provavelmente terei outras prioridades", diz.
A ideia de ir para a África do Sul surgiu no convite de um amigo, que acabou desistindo da empreitada. "Ir sozinho não é um empecilho", afirma Rolin.
Além do interesse menor dos turistas que o esperado, a organização do Mundial sofre com desistências. Em abril, a agência Match, credenciada pela Fifa para comercializar pacotes turísticos, devolveu 300 mil pernoites reservados em hotéis. O principal motivo é o valor inflacionado das diárias. Quartos que custariam US$ 100 estavam sendo comercializados por US$ 500 durante o Mundial. Das 1,9 milhão de reservas marcadas inicialmente, a empresa mantém 600 mil, um terço do total.
Serviço: Nas agências de turismo que comercializam pacotes para a Copa, o torcedor pode retirar o Guia do Torcedor Brasileiro, lançado pelo governo federal. O guia ensina procedimentos a adotar antes de embarcar e ao chegar em aeroportos da África do Sul, além de contatos da embaixada do Brasil, do consulado geral e dos três escritórios consulares temporários no país. O material também está na internet, no site www.portalconsular.MRE.gov.br.
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