Depois de os uruguaios terem declarado sua torcida pelos vizinhos nas quartas de final da Copa do Mundo, os jogadores paraguaios também prometeram cruzar os dedos para uma semifinal completamente sul-americana. No sábado, eles enfrentarão a Espanha, atual campeã europeia. Já o Brasil pega a Holanda, a Argentina joga contra a Alemanha e o Uruguai duela com Gana.

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Curiosamente, o Paraguai é o último a entrar em campo nas quartas de final. Assim, a responsabilidade de decretar uma "semifinal Mercosul" pode cair em seu colo.

"Ia ser muito bonito se cada sul-americano ganhasse o seu jogo e a Copa da África terminasse como uma Copa América. Tomara que dê tudo certo. Mesmo sendo nossos rivais, vou torcer para Brasil, Argentina e Uruguai, isso será importante para todos nós", afirmou o volante Enrique Vera.

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Só que, ao menos na teoria, o jogo do Paraguai é o menos favorável para os sul-americanos. Bater a Espanha talvez seja, proporcionalmente, a missão mais difícil dentre as quatro.

"Os sul-americanos chegaram muito bem preparados à Copa do Mundo, além de terem grandes individualidades em um bom momento. Brasil e Argentina são os dois grandes favoritos. O Uruguai teve uma fase inicial muito difícil, mas jogou bem, passou e agora tem grandes chances de chegar às semifinais", destacou o técnico Gerardo Martino.

Já o Paraguai, pela primeira vez, vai tão longe em uma Copa do Mundo. Nunca o sonho de uma semifinal esteve a apenas um jogo de se realizar. O homem que colocou a seleção neste estágio foi o atacante Oscar Cardozo, autor da última cobrança na vitória por 5 a 3 nos pênaltis contra o Japão.

"Na hora em que fui para a cobrança não pensei em nada, apenas em botar a bola lá dentro. Nem parei para imaginar como aquele chute seria importante para o futebol paraguaio. Mas agora temos que pensar no próximo jogo. A Espanha sem dúvida será um adversário bem mais difícil do que foi o Japão", analisou Cardozo.