Uma disputa trabalhista que forçou a polícia a assumir a segurança dos estádios da Copa do Mundo se tornou um constrangimento para a organização local, que teve um problema parecido no ano passado durante a Copa das Confederações.
A polícia diz ter assumido em caráter permanente a segurança dos estádios Soccer City e Ellis Park em Johanesburgo, as arenas recém construídas na Cidade do Cabo e em Durban e o estádio de Port Elizabeth.
As operações, que envolvem pelo menos 4 mil policiais, se seguem a uma disputa salarial entre os fiscais encarregados da segurança dentro dos estádios e seu contratante, a empresa Stallion Security.
Danny Jordaan, chefe da organização local, mostrou irritação contra os fiscais, mas os críticos dizem que os organizadores deveriam ter previsto o problema para evitar o deslocamento de um contingente de 41 mil policiais encarregado de proteger as seleções e os torcedores em outros locais.
A segurança é uma grande preocupação nesta Copa do Mundo por causa das taxas de crimes violentos assustadoramente altas do país - uma das mais altas do mundo fora de zonas de guerra.
A polícia assumiu a segurança em Port Elizabeth antes do torneio começar por culpa de outra disputa salarial entre fiscais e seus empregadores.
No ano passado a mídia local relatou que a Stallion desistiu no último minuto de um contrato para a Copa das Confederações - um ensaio para o Mundial - por um desentendimento com organizadores locais sobre os salários a serem pagos aos guardas.
A desistência forçou a polícia a proteger alguns estádios porque empresas de segurança menores convocadas em cima da hora não tinham pessoal e treinamento adequados.
O chefe de polícia Bheki Cele afirmou que o uso de sua força nos estádios não irá enfraquecer suas outras funções na segurança da Copa do Mundo.