Com 23 anos, Robinho é o mais jovem titular da seleção| Foto: Vanderlei Almeida/ AFP

Pelo menos de um dos prêmios distribuídos pela Fifa para os melhores da Copa da África do Sul os jogadores do Brasil já estão eliminados. O troféu para o me­­lhor jogador jovem do Mun­­dial só está em disputa entre os atletas que completam no máximo 21 anos em 2010. A seleção de Dunga não tem nenhum.

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No grupo que está se preparando no CT do Caju, o mais no­­vo é o meia Ramires. O campeão português pelo Benfica tem 23 anos, completados em março. Assim, a seleção não vai poder manter a tradição de exibir a revelação do torneio como ocorreu em outros Mundiais – casos, por exemplo, de Pelé, em 1958 (17 anos) e Kaká, em 2002 (20).

A premiação para o melhor jovem foi instituída a partir de 2006, na Alemanha. Lá, o germânico Lukas Podolski, na época com 21 anos, foi o agraciado após ajudar os donos da casa a conquistar o terceiro lugar. O argentino Lionel Messi, então com 19, ficou em segundo lugar na escolha – as outras taças individuais distribuídas na competição são a de melhor jogador, artilheiro e goleiro me­­nos vazado.

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Essa é a segunda edição da Copa em que o Brasil não tem nenhum atleta na idade para disputar o mais novo prêmio. Há quatro anos, Robinho havia completado 22 no início de ju­­nho, e também não poderia ser o escolhido. Não por acaso, os elencos de 2006 e 2010 têm a maior média de idade da história canarinho no principal torneio do planeta – 28,3 e 28,6, respectivamente.

Agora, se tivesse atendido ao clamor popular e optado por pelo menos um dos santistas destaques da temporada, Ney­­mar, de 18, ou Ganso, de 20, Dunga colocaria o país na disputa pelo prêmio. No entanto, desde a convocação (no dia 11 de maio) o treinador avisou que não fez escolhas pensando no futuro.

"Vocês (jornalistas) não acham que eu tenho um pouquinho de inteligência? Vou levar jogador para ganhar experiência para a Copa de 2014? E 2010? Temos de ganhar agora", afirmou o técnico, quando questionado sobre a dupla do Peixe.

Para a competição da África do Sul, há diversos candidatos para levantar a segunda edição do prêmio. Da Alemanha, o atacante Tomas Müller e o defensor Badstuber, ambos do Bayern de Munique, são cotados. Dos Es­­tados Unidos, o avante Alti­­dore, do inglês Hull City, é uma possibilidade. Assim como os mexicanos Giovani dos Santos (Gala­­tasaray) e Carlos Vela (Arsenal). Também não se pode esquecer do argentino Pastore (Palermo) e do esloveno Krhin (Inter de Milão).