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 | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

Ídolo atleticano desde a dupla com Oséas, Paulo Rink foi o primeiro brasileiro a jogar pela seleção alemã. Após a transferência para o Bayer Leverkusen em 1997, o ex-atacante naturalizou-se no ano seguinte, quando foi convocado pela primeira vez para a disputa de dois amistosos, contra Romênia e Malta. Rink defendeu a Alemanha na Copa das Confederações (1999) ena Eurocopa (2000).

Direto de Las Vegas, onde disputa um torneio de pôquer, o ex-jogador conversou com a Gazeta do Povo sobre a nova seleção alemã e aposta: ela vai ser campeã.

Como tem visto o desempenho da Alemanha no Mundial?

Estou gostando muito. Eles estão mos­­trando o melhor futebol desta Copa. É uma equipe que pode mudar tatica­­men­­te, que tem uma agressivi­­dade forte, principalmente pelo lado direito, com o Müller. Mesmo sem ele [que está suspenso], acredito que a Alemanha tem jogadores de qualidade para passar pela Espanha e ser campeã.

Qual é o ponto forte desta equipe?

Esta seleção tem muitos jogadores novos, campeões nas categorias de base, e que estão se destacando. Mesclado com a experiência do Klose, deu certo. O time está organizado taticamente, com uma saída rápida para o ataque.

Qual a diferença desta Alemanha para a que você jogou, no final da década de 90?

As duas são bem diferentes na maneira de jogar. A Alemanha em que eu joguei era baseada na bola aérea, atuando bem fechada. Hoje a equipe tem como característica principal os jogadores rápidos. Pode até jogar fechada se necessário, mas tem um contra-ataque veloz. Antigamente, não tinha esta velocidade, o que é um fator positivo em relação à minha época.

Tem alguém em especial para quem você torça na equipe germânica?

Eu estou torcendo pelo (brasileiro, naturalizado alemão) Cacau. Ele está atuando na mesma posição que eu joguei. Espero que consiga chegar à final e ser campeão.

O que te leva a acreditar que a Alemanha vence a Espanha?

A Espanha joga tocando a bola muito para o lado. Porém, a Alemanha sabe se fechar bem nas laterais e isto vai dar uma certa vantagem.

Como eles conseguiram este bom desempenho mesmo mudando o time na véspera da Copa, por causa dos jogadores contundidos, como o Ballack?

Eles tiveram a sorte de colocar o Özil, um jogador que vem se destacando. O Ballack, mesmo sem jogar, tem participado, com um sentido de grupo que tem sido muito legal. Ele vai ser campeão honorário e a presença dele motiva os jogadores. Mesmo com a perda do Ballack, acabou dando certo.

Você esperava uma campanha tão boa?

Eu me surpreendi. Acreditei que ia bem, chegando até as quartas de final, pois tinha sido o primeiro colo­­ca­­do no seu grupo nas Eliminatórias. Mas ganhar da Argentina, por 4 a 0, como foi, é uma surpresa. Não é toda hora que isso acontece. Se os dois times jogarem de novo, um placar como este não vai acontecer. Na verdade, eu esperava uma boa Copa, mas não tão boa como tem sido.

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Paulo Rink, ex-jogador do Atlético e da seleção alemã.

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