Rápidas
Entrou mudo e saiu calado
Júlio César demonstrou ontem que está magoado com a imprensa. Passou reto pela zona mista. O silêncio é uma resposta à "polêmica" criada pelos jornalistas sobre o colete de proteção que usa por debaixo do uniforme, revelado contra Portugal a camisa do goleiro rasgou. Júlio não gostou do que leu. Nem de a Fifa pedir para vistoriar o material.
Logística
A base no Hotel Fairway termina amanhã de acordo com o supervisor da CBF Américo Faria. Tudo porque a seleção brasileira pode emendar duas viagens seguidas Port Elizabeth (quartas de final) e Cidade do Cabo (semifinal). Porém, no caso de não passar pela Holanda, o time retorna Johannesburgo e em seguida volta ao Brasil.
Menos trabalho
Dunga disse ontem que a partir desta fase a carga de treinos diminuirá. O contato dos jogadores com a imprensa também. "Precisamos nos preocupar com a recuperação dos atletas. Não é que não quero que não falem com vocês [repórteres]. Só quero que passem logo pela zona mista, cheguem rapidamente na concentração, jantem e fiquem com os pés para cima", explicou Dunga.
Michel Bastos
O lateral-esquerdo considerou que deu a volta por cima depois das críticas pelo fraco desempenho contra Portugal. "Sou um cara que me cobro muito. Não posso achar que tudo está bom. Tenho certeza de que consigo render muito mais", afirmou o ex-atleticano.
Ramires
O ex-cruzeirense saiu decepcionado de campo. O amarelo o tirou da partida contra a Holanda, apagando a bela atuação sobre o Chile. Atrapalhou ainda os planos de o jogador aproveitar a ausência de Felipe Melo para virar titular. "Mas estou feliz. Aqui é um grupo. Ninguém é titular e ninguém é reserva", disse.
Elano
Segundo José Luiz Runco, chefe do departamento médico da seleção, o meia retorna contra a Holanda. Já Felipe Melo e Júlio Baptista seguem como dúvida.
Loco Bielsa
O técnico Marcelo Bielsa, do Chile, foi pragmático. "Achava que poderíamos equilibrar o jogo. Mas não pudemos impedir a superioridade do Brasil." No entanto, considerou que o placar não deveria ser tão elástico. "Os nossos jogadores fizeram um esforço muito grande, deram o máximo. Mas a verdade é que não levamos perigo ao Brasil", criticou.
"Vai ser uma final antecipada. Eles têm um poder defensivo muito grande, jogadores que chegam duro. Por isso, vamos estudá-los para não sermos surpreendidos", disse o lateral Maicon sobre a Holanda, adversário da seleção brasileira, sexta-feira, às 11 horas, em Port Elizabeth. Ele tem razão.
Ao todo, a Laranja não perde há 23 jogos desde 6 de setembro de 2008, quando foi derrotada pela Austrália, em amistoso (2 a 1). Incluindo as Eliminatórias Europeias, fase que a Fifa já considera parte integrante da Copa do Mundo, segue 100% no torneio. O Brasil de 1970 foi o último escrete campeão dessa maneira, sem percalço algum, inclusive na fase continental.
"Eles estão fazendo um grande Mundial, assim como o Brasil. É uma equipe muito compacta e organizada. A escola holandesa é de jogadores ofensivos e com muito talento do meio para frente. Isso vai favorecer o espetáculo", opinou o zagueiro Juan, endossando o discurso de respeito ao rival no próximo jogo mata-mata.
"Teremos de estudar muito bem o jeito de jogar deles. Estão fazendo uma grande Copa", reforçou Kaká. "Espero que eles joguem no ataque como fizeram até aqui. Jogando de igual para igual com o Brasil, somos muito perigosos", cutucou Luís Fabiano
Mas o time do técnico Bert van Marwijk, na prática, ainda não encantou completamente na África do Sul. Bateu a Dinamarca (2 a 0), Japão (1 a 0), Camarões (2 a 1) e Eslováquia (2 a 1). A marca do time, ao contrário de outras gerações, é um futebol menos solto similar ao do Brasil.
Contra o time de Dunga, a Holanda poderá ter integralmente o toque de classe que falta: o meia-atacante Robben, deve estar pronto para jogar a primeira partida completa nesta Copa.
Porém, no retrospecto, os brasileiros levam vantagem. As duas seleções já se enfrentaram três vezes na competição na Copa. Os europeus desclassificaram o time verde e amarelo em 1974, ao vencerem por 2 a 0 e irem à final. O Brasil levou a melhor em 1994 (um 3 a 2 nas quartas de final) e 98 (1 a 1 e triunfo nos pênaltis). Dunga estava em campo nos dois últimos confrontos. Mas o treinador não imagina que isso possa ser motivo para imaginar facilidades nesta reedição.
"A Holanda atua de forma muito parecida à dos sul-americanos. Precisamos de cuidado redobrado", avalia o comandante, sem nostalgia. "Todas as partidas de Copa trazem alguma experiência, mas essa é uma situação totalmente diferente. Eles mantêm a tradição de fazer boas seleções e de jogar bem", analisou. "Não é apenas um time de marcação que explora as bolas longas. Tem qualidade técnica, e temos de tomar um cuidado redobrado com isso."
Quem passar, pega Uruguai ou Gana na semifinal.
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