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 | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Em praticamente todos os aspectos, a CBF tenta, na África do Sul, realizar as operações de maneira diferente do feito há quatro anos para o Mun­dial da Alemanha. No entanto, quan­­do se fala em dinheiro, o comportamento é o mesmo da última Copa.

A empresa suíça de marketing esportivo Kentaro, promotora dos amistosos contra Zimbábue, na quarta-feira, e Tanzânia, no dia 7, é a mesma que levou o Brasil para treinar em Weggis, na Suíça, antes da Copa da Alemanha.

Na oportunidade, os parceiros da entidade máxima do futebol brasileiro pagaram R$ 2 milhões para levar Ronaldo e companhia à terra dos Alpes. O retorno veio com vendas de ingressos e patrocínios no local de treinos dos brasileiros.

Até o estádio em que o time de Parreira treinava teve o nome vendido e dezenas de outros financiadores exibiam suas marcas à custa da presença canarinho.

Agora, segundo informações levantadas pela reportagem, os jo­­gos diante dos zimbabuanos e tanzanianos custaram cerca de R$ 11 milhões. O ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, teria desembolsado US$ 1,3 milhão (R$ 2,34 milhões) por parte dos custos da ida do time de Dunga ao país.

De relações estreitas com o co­­mando da CBF de 2006 em diante, a Kentaro é responsável por todos os jogos do time da camisa amarela na Europa desde o acordo firmado por Weggis. Nos últimos quatro anos, foram 12 compromissos promovidos pelo grupo europeu. Londres, na Inglaterra, e Esto­­col­­mo, na Sué­­cia, são as sedes preferidas do grupo.

A empresa também está promovendo dezenas de amistosos envolvendo outras seleções antes do Mundial. Potências como Argentina e Inglaterra já jogaram sob a chancela da empresa.

Independentemente do que está por trás dos jogos, o técnico Dunga quer usar a oportunidade para movimentar todos os jogadores. As viagens aos dois países vizinhos à África do Sul ocorrerá na noite anterior às partidas e o retorno apenas duas horas após o apito afinal.

Sparring

Os inexpressivos adversários não estão nem entre os 100 me­­lhores do ranking da Fifa (Zim­­bábue é o 113.º; Tanzânia, 108.º), mas servem perfeitamen­­te para as intenções de Dunga.

"Precisamos movimentar os jogadores em ritmo de jogo juntos. A última vez que estiveram em uma partida foi contra a Ir­­landa, em março", lembra ele, que secretamente esteve no Zim­­bábue para conhecer as instalações esportivas do país há pouco mais de um mês.

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