Robinho exalta apoio familiar
O apoio da família na África do Sul é o que mais dá força para Robinho repetir a atuação que teve na estreia no jogo contra a Costa do Marfim, no domingo. Apesar do frio que chegou a 1°C, a mãe (Marina), a esposa (Vivian) e o filho (Robson júnior), assistiram à partida frente à Coreia do Norte.
Robinho foi o brasileiro que mais arriscou. Tentou seis vezes chutes a gol e, mesmo sem balançar a rede, foi apontado como um dos destaques. Porém, ele não saiu satisfeito.
"Não consegui marcar o gol que tinha prometido para o meu filho, mas tem mais jogos pela frente", avisa o craque das pedaladas. "Com o frio, o meu filho [de 2 anos] não pôde desfrutar do jogo direito. Mas estão todos aqui", diz o jogador.
Uma sala reservada do hotel The Fairway fica à disposição de integrantes da delegação brasileira para que familiares e amigos sejam recepcionados. Os encontros, é claro, só ocorrem com a autorização do técnico Dunga. O enclausuramento do time está longe de ser um problema, segundo Robinho.
"Estamos com o Dunga para o que der e vier. Ele preferiu esse sistema mais fechado por na última Copa ter existido muita badalação", avalia o atacante.
Apesar de titular da parte ofensiva, Robinho recuou para dar o passe em que Elano fez o segundo gol canarinho diante dos asiáticos. Depois, com a saída de Kaká, passou a ser quase um meia. Exatamente como faz no Santos com Neymar e André.
Em uma Copa do Mundo com poucos gols, ter uma defesa entrosada e segura já é meio caminho andado para um bom desempenho. É nisso que o Brasil aposta com Lúcio e Juan.
Mesmo tomando um gol da inexpressiva Coreia do Norte na estreia (vitória da seleção brasileira por 2 a 1), a marca alcançada pela dupla defensiva na África do Sul impressiona. É a primeira vez que os mesmos dois jogadores formam a zaga nacional em duas Copas seguidas.
A parceria, que começou há oito anos no Bayer Leverkusen, da Alemanha, firmou-se na seleção sob o comando de Carlos Alberto Parreira nas Eliminatórias para o Mundial alemão, em 2006.
Há quatro anos, os defensores passaram de nível ao serem dos poucos a escapar das críticas na equipe que foi eliminada nas quartas de final pela França. Com o técnico Dunga, ambos reiteraram o status de intocáveis e jamais tiveram as posições ameaçadas.
Confiança que nem uma ou outra contusão abalou. Lúcio, capitão do time desde a primeira convocação do capitão do tetra, não participou da conquista da Copa América de 2007. Estava afastado após uma cirurgia.
No ano passado, foi a vez de Juan se ausentar em uma competição importante. O camisa 4 ficou fora da parte decisiva da Copa das Confederações, na África do Sul, em virtude de um problema muscular na coxa esquerda.
"Representa um ponto positivo o que estamos alcançando nessa Copa. Ficamos felizes, mas não é o mais importante", avalia Lúcio, sonhando com uma temporada perfeita após levantar o Campeonato Italiano, a Copa Itália e a Liga dos Campeões da Europa pela Inter de Milão.
Se depender dos números que a trajetória da dupla produziu na seleção, a chance de o time ir longe em solo africano é grande. Nos 45 jogos em que estiveram juntos na zaga brasileira (recorde histórico do Brasil), foram 31 vitórias, 9 empates e apenas 5 derrotas.
Contando o gol marcado pelos asiáticos na terça-feira, foram 30 bolas na rede brasileira com os dois zagueiros em campo média de 0,66 por partida. Sendo que em 25 compromissos com a presença conjunta de Juan e Lúcio, a equipe nacional não foi vazada.
"Se vencermos as próximas seis partidas, o nosso objetivo estará cumprido", comenta Juan, não querendo se importar com marcas individuais na competição.
Até o momento, das seleções favoritas à conquista da taça, somente os alemães passaram ilesos aos ataques adversários. Os argentinos, por exemplo, donos de um ataque badalado, já jogaram duas vezes, tomaram um gol da Coreia do Sul e mostraram instabilidade na retaguarda nas duas partidas.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião