• Carregando...
O goleiro brasileiro Júlio César, nome incontestável do time de Dunga e considerado o melhor do planeta na posição, não aprovou a bola oficial da Copa do Mundo, chamada de Jabulani | Albari Rosa/Gazeta do Povo – enviado especial
O goleiro brasileiro Júlio César, nome incontestável do time de Dunga e considerado o melhor do planeta na posição, não aprovou a bola oficial da Copa do Mundo, chamada de Jabulani| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo – enviado especial

O melhor do mundo

Goleiro da Inter de Milão – campeã de tudo em 2010 –, Júlio César quer confirmar o posto de principal nome do mundo na posição. Aos 30 anos, repetir o feito de um ano atrás, quando brilhou no título da Copa das Confederações. Elegemos cinco defesas dele e comparamos com os cinco grandes animais da terra da Copa – o Big Five.

Leão

Barcelona 1 x 0 Inter, semifinal Liga dos Campeões 2010

A Inter podia perder por um gol e tomava um sufoco enorme do Barça de Messi. La Pulga foi driblando todo mundo e bateu colocado no canto direito, o brasileiro esticou-se todo e fez milagre com a ponta dos dedos.

Leopardo

África do Sul 0 x 1 Brasil, semifinal da Copa das Confederações 2009

Modise chutou da entrada da área, a bola desviou nas costas de Luisão e deslocou Júlio César, que ia para o lado esquerdo. Rápido como um leopardo, voltou e evitou o gol.

Elefante

Brasil 2 x 0 Itália, amistoso em 2009

Quando a bola sobrou para Luca Toni sozinho dentro da pequena área, o camisa 1 ficou gigante para, no reflexo, evitar o gol adversário.

Rinoceronte

Colômbia 0 x 0 Brasil, Eliminatórias da Copa em 2007

Na estreia do time de Dunga uma partida fraca da seleção. Coube a Júlio César garantir o 0 a 0 espalmando uma cabeçada de Rentería aos 37 do segundo tempo

Búfalo

Fenerbahçe 1 x 0 Inter, Liga dos Campões 2007

O time perdeu, mas ele evitou uma goleada. Em jogada pela direita, o cruzamento pegou Alex entrando na pequena área de peixinho, a bola chegou como uma bala e Júlio César espalmou por cima da trave.

"Essa bola é horrível, horrorosa. Parece bola que você compra no mercado". A declaração não é de qualquer um. Mais ídolo do que a maior parte dos jogadores de ataque da seleção brasileira, o goleiro Júlio César descascou a Jabulani: bola oficial do Mundial de 2010.

Favorito para figurar entre os melhores da Copa, o brasileiro lamentou a novidade imposta pela Fifa. A bola, que pesa aproximadamente 440 gramas, é mais pesada do que as tradicionais, que têm cerca de 410 gramas.

Outros jogadores já reclamaram – como o goleiro americano Hahnemann, que disse que a bola "parece de plástico" – mas na abertura da competição, dia 11, a polêmica esférica está confirmada no Soccer City para África do Sul e México, na abertura da disputa. Além da diferença de peso, a Ja­­bulani tem ainda quatro gomos mais saltados do que o restante do couro, o que a faz parecer levemente ovalizada.

"É mais uma coisa para prejudicar os goleiros. É bola, é gente a mais na barreira e era jogador parando e dando cambalhota na hora do pênalti", reclama o ar­­queiro, comemorando pelo menos o fim da paradona a partir do dia 1.º do mês que vem.

Bola à parte, Júlio César chega para a Copa como um dos nomes de maior expressão do time de Dunga. Titular incontestável há três anos, ele tem inclusive o aval completo de seus dois reservas: Doni e Gomes.

"Viemos aqui para empurrar ele", disse o jogador do Tottenham, da Inglaterra, sabendo que nem ele, muito menos o colega de posição da Roma, da Itália, terão espaço. No entanto, tal empurrão talvez nem fosse necessário. Ao contrário de outros tempos, o gol e a defesa são os pontos mais celebrados na equipe canarinho. Solidez fundamental nas conquistas da Copa América, Copa das Confederações e na classificação tranquila para a Copa do Mundo.

"Não é só o Júlio. Estou aqui diante dos três melhores brasileiros para a posição", comenta Taffarel, indicado por Dunga para ser observador de adversários. Enquanto a Copa não começa, o tetracampeão está auxiliando o preparador Wendell Ramalho nas atividades com os goleiros. "É um sonho estar aqui novamente. Mas vendo eles treinar, vejo que fui um goleiro do passado mesmo. O futebol evolui muito rápido", diz o número 1 em 1990, 1994 e 1998.

Se foi "ultrapassado" pela agilidade e técnica dos mais novos, os goleiros atuais do Brasil têm muito a agradecer a Taffarel. Quando chegou ao italiano Parma, no início dos anos 90, os que defendiam a meta no país do futebol não tinham nenhum cartaz.

"Me avisaram lá que só fui contratado por causa do patrocínio da Parmalat, que estava entrando no Brasil", revela, sabendo que escancarou as portas para hoje serem diversos nomes espalhados pelas principais ligas da Europa.

"E não somos só nos três [os da seleção]. Tem o Hélton no Porto, o Diego [Almería] na Espanha, o Renan lá também [Xerez]. Foi o Taffarel quem começou tudo isso", elogia Júlio César, que ficou pelo menos 40 minutos da uma hora de entrevista coletiva dos três goleiros respondendo aos jornalistas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]