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Luís Fabiano, seis jogos sem marcar gols, brinca com Robinho | Albari Rosa/Gazeta do Povo – enviado especial
Luís Fabiano, seis jogos sem marcar gols, brinca com Robinho| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo – enviado especial

Personagens

Luís Fabiano e Kaká tentam apagar estreia

O mau desempenho de Kaká e Luís Fabiano na estreia, contra o Coreia do Norte, não deixou Dunga preocupado. Os dois jogadores estiveram apagados, se movimentaram pouco, longe de mostrar o futebol das Eliminatórias.

Recentemente, o meia e o at cante sofreram lesões musculares. Mas a confiança na recuperação técnica e física de ambos é tanta que não ficará abalada nem se as atuações abaixo do esperado se repetirem diante da Costa do Marfim.

"Todos sabem que o Kaká vinha de um período sem jogar. Então fizemos um planejamento na parte médica e física para o crescimento dele. O que mais importava era ver ele fazendo aquelas arrancadas, que foi o que ele fez nesse jogo", revelou Dunga, que espera uma evolução maior do craque neste domingo. "A tendência é crescer mais contra a Costa do Marfim. Dependendo do ritmo, vamos ver se ele vai suportar a intensidade até o final."

Se com o meia o treinador falou em termos técnicos, já a confiança na recuperação de Luís Fabiano foi demonstrada em uma espécie de ‘futebolês’. No velho estilo de que artilheiro que é artilheiro desencanta na hora certa.

"Ele veio de uma lesão e está trabalhando forte. E artilheiro é assim, no momento certo ele vai fazer os gols. O Brasil precisa dele e temos imensa confiança. No momento oportuno, quando precisar, ele vai fazer gols." (MR, RL e CEV)

Imperdível

Neste domingo a Gazeta do Povo realiza mais uma transmissão interativa especial do jogo da nossa seleção. A ferramenta live blogging possibilita uma interação muito grande entre os leitores e a equipe de jornalistas da Gazeta.

Durante a transmissão - uma espécie de chat interativo - são postadas informações sobre o jogo, comentários, fotos, enquetes, vídeos e, o mais importante, os comentários dos leitores. Neste domingo participe você também da transmissão.

Logo depois do jogo será gravada uma nova mesa-redonda com a participação de convidados que vão debater o Brasil e a Copa do Mundo. Dessa vez quem participa é o repórter, editor e colunista da Gazeta, Marcos Xavier Vicente (titular do blog Populares) e Maria Rafart, colunista convidada do caderno de Esportes da Gazeta durante a Copa. Não perca!

  • O técnico Dunga, que voltou a criticar a imprensa ontem e fechou até o treinamento recreativo (rachão) da seleção brasileira, observa o aquecimento dos jogadores
  • Com o veto ao Soccer City, jogadores da seleção treinaram na escola Saint Sthithians, em Johannesburgo
  • Seleção brasileira é a que mais atrai a atenção da mídia. Veja enquete

Melhorar a qualidade do futebol e garantir presença nas oitavas de final da Copa do Mundo. Esses são os objetivos do Brasil no jogo deste domingo, contra a Costa do Marfim, às 15h30 (de Brasília), no Soccer City.Após estrear vencendo apertado a Coreia do Norte (2 a 1), a aposta de é que os brasileiros possam render muito mais do que conseguiram frente aos asiáticos. Apesar do triunfo, o time foi muito criticado por não ter capacidade para furar o bloqueio rival.Com ou sem uma boa apresentação, mais três pontos asseguram à equipe de Dunga a passagem para o mata-mata com uma rodada de antecedência. Dependendo do resultado de amanhã, entre Portugal e os norte-coreanos, o time de Dunga pode garantir, inclusive, a primeira posição do grupo G sem precisar do placar do duelo com os lusitanos no dia 25 (basta bater os marfinenses e haver empate no outro jogo).

No entanto, para isso, é consenso na concentração brasileira que a equipe precisa evoluir. As explicações de "tensão pela estreia" e "retranca do adversário" não vão colar mais no caso de uma nova apresentação ruim.

Se na teoria a partida contra os coreanos seria a mais fácil da chave, acabou virando a mais complicada pela maneira defensiva de se postar do rival. Há a certeza de que os Elefantes vão sair mais para o jogo liberando espaços aos canarinhos.

"Eles empataram. Precisam do resultado e não vão poder ficar só lá atrás", opina Robinho, um dos poucos nomes da seleção a se salvar na primeira rodada.

Ao contrário do camisa 7 santista, os outros que carregam a responsabilidade de desequilibrar no setor ofensivo – Kaká e Luís Fabiano – veem no duelo a chance da recuperação. Ou, ao menos, a oportunidade de uma apresentação menos apagada.

O Fabuloso completou seis jogos sem marcar com a camisa amarela. Um jejum que começou ainda em outubro do ano passado. Já Kaká, apontado por todos como o grande nome do elenco verde e amarelo, ainda não conseguiu entrar em ritmo após uma série de lesões no Real Madrid.

Diante dos africanos é quase certo que o camisa 10 novamente não atuará a partida completa. Assim como os demais titulares, somente na sexta-feira (única vez em cinco dias) Kaká fez um coletivo mais forte.

Nos demais dias, atividades regenerativas ou treinos de intensidade moderada. Com o intuito de preservar os jogadores, até o campo de treinamentos (que estava muito desgastado) foi trocado durante a semana. Cuidados para pegar o oponente mais forte fisicamente desta primeira fase.

Com nomes estelares na Eu­­ropa, como o centroavante Didier Drogba, do Chelsea, a Costa do Marfim destaca-se pela imponência muscular de seus atletas. Algo que os brasileiros pretendem equilibrar dentro de campo.

Apesar das qualidades dos marfinenses, a intenção é manter os 100% de aproveitamento diante de africanos em Copas. Zaire (1974), Argélia (1986), Camarões (1994), Marrocos (1998) e Gana (2006) já foram derrotados.

Gramado preocupa a Fifa

A seleção brasileira irá pisar no Soccer City conhecendo apenas os corredores do estádio que abrigará o maior número de partidas do Mundial – oitos jogos incluindo a abertura e a final.

Na sexta-feira à noite, um dia após a Argentina ter vencido a Coreia do Sul por 4 a 1, a Fifa avisou à CBF de que Brasil nem Costa do Marfim fariam o reconhecimento do gramado, para preservá-lo.

A notícia fez a entidade mudar os planos na última hora, e o elenco foi treinar mais cedo e em outro local. A mudança, contudo, não desagradou Dunga.

"Gostaríamos de ter treinado lá. Mas se tem de preservar o gramado, afinal ele vai até a final", disse o treinador que não se mostrou preocupado por já, no quarto jogo, o Soccer City estar recebendo esse tipo de cuidado. "Todos os estádios são muito bons", concluiu.

Por boa parte dos estádios terem ficado prontos mais próximos da Copa do que o previsto, o gramado tem "descolado" com mais facilidade. Por isso, no in­­tervalo, há pessoas que ficam re­­colocando a grama nos vários bu­­racos que aparecem na primeira etapa.

Dunga revê professor sueco no Soccer City

Nas longínquas temporadas 1987/88 e 88/89 os dois treinadores que se enfrentam neste domingo, no duelo entre Brasil e Costa do Marfim, não poderiam prever que mais de duas décadas depois iriam se reencontrar em uma partida de Copa do Mundo – neste domingo, às 15h30, no Estádio Soccer City.

Na época, o sueco Sven-Goran Eriksson dirigia a Fiorentina, da Itália, que tinha no meio de campo o brigador volante Dunga. De lá para cá, o brasileiro foi tetracampeão mundial e virou técnico da seleção mais famosa do planeta na disputa pelo hexacampeonato.

Já o escandinavo passou por grandes equipes europeias e comandou as seleções da Inglaterra (nos dois últimos Mundiais) e do México antes de assumir os Elefantes, em fevereiro, há quatro meses do torneio da Fifa.

Roteiros bem distintos, mas que não impedem o reconhecimento da competência do adversário. Apesar do período curto trabalhando à beira do campo, Eriksson crê que Dunga já se preparava desde os tempos de atleta para virar treinador.

Por outro lado, o sistema normalmente bagunçado e sem consciência tática de uma seleção africana não é visto pela comissão técnica da CBF na formação marfinense. Especialmente após a troca do comando técnico.

"Seguramente já se viu a forma dele [Eriksson] trabalhar. É uma equipe bem organizada e muito bem montada taticamente. Antes, não se via isso nessa equipe", avalia o comandante gaúcho. "Desde o tempo de jogador ele [Dunga] sabia tudo. Sempre foi muito inteligente e está fazendo um ótimo trabalho no Brasil. Um time muito técnico, mas que morde, bem na característica dele", elogia o oponente.

Apesar dos afagos, há também diferenças entre os dois rivais. A começar pela idade e consequente experiência. Aos 62 anos, o sueco está na função há mais de três décadas. Seu ex-atleta, de 46, ainda não completou a quarta temporada na profissão.

O que não impede do novato ter mais títulos no recente, mas vitorioso currículo do que o oponente. Por seleções, o veterano não viu seus times levantarem nenhum troféu de expressão. Copa das Confederações e Copa América já estão na prateleira do brasileiro.

É claro, Dunga dirige uma equipe que sempre briga por conquistas. E que sempre tem a obrigação de vencer idependentemente do adversário. Neste domingo, não será diferente.

"Sempre que o Brasil entra em campo é o favorito. Temos de conviver com isso", reconhece o chefe dos Elefantes. "Quem quer que seja o treinador, pela característica dos jogadores, a seleção brasileira joga para ganhar tomando a iniciativa. Todos têm liberdade para atacar desde que exista equilíbrio", avalia o canarinho.

Outra característica bem distinta nos dois técnicos é a simpatia. Com um tipo vozão, Eriksson é muito mais carismático do que o quase sempre mal-humorado Dunga.

Carlos Eduardo Vicelli, Marcio Reinecken e Robson De Lazzari, enviados especiais

Ao vivo

Brasil x Costa do Marfim, às 15h30, na RPC TV, Band, BandSports, SporTV e ESPN Brasil.

Confira o slideshow do último treino da seleção

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