CBF diz que embarque da seleção será pela porta da frente

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Duramente criticada por chegar a Curitiba, na sexta-feira, sem nenhum contato com o povo, e passar seis dias enclausurada no CT do Caju, a seleção brasileira vai ser um pouco mais acessível no embarque para a África do Sul.

Na quarta-feira, jogadores, comissão técnica e o estafe da CBF (cerca de 40 pessoas) vão embarcar apenas com um cordão de isolamento os separando dos fãs no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais.

No desembarque no Paraná, somente o atacante Nilmar cruzou o saguão de embarque e atendeu repórteres e torcedores. Os demais, pularam da área restrita à Infraero para ônibus e vans com os vidros escuros – de onde só desceram dentro do local de concentração.

"Recebemos um documento da Infraero nos impedindo de passar pelo saguão de desembarque. Fomos orientados a sair por uma porta lateral", defendeu-se o diretor de comunicação da CBF Rodrigo Paiva, colocando à disposição da imprensa o ofício enviado ditando as regras para a descida em Curitiba.

Quase como passageiros co­­muns, Kaká e companhia querem deixar o Brasil sem a imagem de intocáveis e inacessíveis criada com o isolamento imposto pelo técnico Dunga. Apenas dois atletas por dia concedem entrevistas e até mesmo as imagens dos treinos são restritas.

O pouco contato com a torcida também será a tônica em Johannesburgo, onde o time ficará concentrado até a estreia contra a Coreia do Norte, em 15 de junho. No Hotel The Fairway e na Escola Hoedskol Rankburg, local de treinamentos, o isolamento está garantido. O único problema é que no colégio as aulas só acabam em 9 de junho, e até lá alguns alunos indesejados podem espiar os craques de Dunga.

Ao menos no caminho entre o Paraná e o país da Copa haverá um pouco mais de exposição. O escrete canarinho fará uma escala em Brasília para uma cerimônia com o presidente Lula no Palácio do Planalto. (CEV e RL)

Agenda do time

Hoje: 8 h despertar, 9 h treino, 12h30 entrevista, 15h30 treino, 22h30 recolher.