Desde a Copa de 94, algum jogador do Brasil é cortado antes da estreia

De 1970 até 2006, quase sempre os treinadores do Brasil tiveram que cortar pelo menos um jogador de suas listas para os Mundiais. Apenas na Copa de 90, na Itália, nenhum atleta brasileiro teve a infelicidade de voltar mais cedo por causa de contusão. A lista dos que tiveram que dizer adeus dias antes do torneio inclui nomes como Romário e Ricardo Gomes.

O ex-atacante e atual presidente do Vasco, Roberto Dinamite, já foi chamado em duas Copas (1978 e 1982) para ser o substituto de Nunes e Careca. Outro caso peculiar é o do volante Emerson, em 1998, na França. O jogador foi chamado às pressas para usar a camisa 11 que seria de Romário. Mas quatro anos depois, em 2002, viveu o outro lado. Um dia antes da estreia, contra a Turquia, o atleta machucou o ombro atuando como goleiro em um treino recreativo e foi cortado. Em seu lugar, foi chamado o meia Ricardinho.

O ex-lateral Leandro é um caso à parte. Ele foi convocado para a Copa do Mundo de 1986, no México. No entanto, preferiu não viajar por solidariedade ao amigo Renato Gaúcho, que foi cortado pelo técnico Telê Santana para o Mundial por ter fugido da concentração na preparação para o torneio junto com o defensor e outros jogadores. Leandro foi perdoado e convocado para a competição. Mas se recusou a embarcar para o país-sede. Para o seu lugar, Josimar, na época do Botafogo, foi convocado e se destacou no torneio.

Outro ponto que chama a atenção é que nem sempre os substitutos são jogadores das mesma posição. Em 1970 no México, Zagallo foi obrigado a cortar o ponta Rogério e preferiu chamar o goleiro, o ex-palmairense Leão.

Para o Mundial deste ano, a Fifa determina que no dia1º de junho as federações apresentem as listas finais de 23 nomes, selecionados entre os 30 divulgados. Se houver necessidade de mudança até lá, Dunga terá que chamar um dos sete jogadores da "lista de espera" composta por Diego Tardelli, Carlos Eduardo, Paulo Henrique Ganso, Ronaldinho Gaúcho, Marcelo, Alex e Sandro. Depois do dia 1º, só poderá haver trocas em caso de lesões até a véspera da estreia da equipe na Copa. E o jogador convocado para substituir um machucado não precisa ser um dos sete excluídos da relação inicial de 30.