A seleção brasileira já tem seu especialista em bolas paradas para a Copa do Mundo. O meia Elano, uma das apostas mais constantes do técnico Dunga, será o responsável pelas cobranças laterais no campo de ataque e, também, por muitas das faltas frontais que possam ser chutadas direto para o gol.
Com a ajuda da instável Jabulani (faz muitas curvas) o jogador pretende tornar seu arremate ainda mais venenoso. Também colabora com a intenção do atleta que defende o Galatasaray, da Turquia, o fato de ter um histórico de lances que terminaram em gol após suas batidas.
No ano passado, na mesma África do Sul do Mundial, foi de Elano a assistência em um escanteio para Lúcio cabecear e garantir a vitória por 3 a 2 sobre os Estados Unidos na Copa das Confederações. O passe para gol foi o 11.º nas 109 bolas na rede no período Dunga. Ele é o recordista no fundamento.
"Temos vários jogadores que atacam a bola nos cruzamentos. A bola parada é decisiva, importantíssima. Por isso estamos treinando muito para acertar na Copa", comenta o jogador, um dos três que mais têm treinado pênaltis na seleção os outros são Robinho e Luís Fabiano, mas o batedor oficial pode também ser Kaká.
Elano vem trabalhando como titular absoluto nos coletivos realizados na Hoerskool Randburg. Mas nem sempre foi assim. Entre os 23 convocados, o queridinho do técnico é o que mais variou entre a titularidade e o banco iniciou partidas 25 vezes e começou entre os suplentes outras 26.
"Venho treinando no time cima, mas não me sinto titular entre os onze. Me sinto dentro de um grupo. Se conquistei a condição de estar jogando, tenho de trabalhar bastante para manter isso", diz, reforçando o discurso de unidade irrestrita do grupo em detrimento da individualidade.
Foi dele cobrando falta com precisão o único gol do coletivo de preparação da equipe para o amistoso desta manhã contra o Zimbábue, no país vizinho à África do Sul.
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