Jogadores da seleção brasileira durante treinamento em Johannesburgo: depois de Alemanha e Espanha terem sido alvos da comissão antidoping, pupilos de Dunga já se preparam para a visita surpresa| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo – enviado especial
Polêmica envolvendo a bola oficial da Copa do Mundo aponta a guerra de marcas de material esportivo que se trava nos bastidores: atletas patrocinados pela Adidas, criadora da Jabulani, evitaram críticas à redonda
Sem assédio dos alunos - Os alunos da escola Hoerskool Randburg realmente não gostam de futebol e não estão nem aí para a seleção brasileira. Ontem, no primeiro dia de treinos com aulas ocorrendo no colégio, poucos (não mais do 15 dos cerca de 400 matriculados no grupo escolar da elite sul-africana) garotos pararam para observar o treinamento do local em que é permitido a eles. O ponto fica a cerca de 20 metros do campo, nem tão longe assim
Dinamarca não é Brasil - Os

Para a CBF, a chance de agentes da Fifa aparecerem de surpresa com o intuito de realizar exames antidoping nos inscritos na Copa do Mundo ocorre somente a partir de hoje. No entanto, desde 10 de abril, quando reunida, a seleção brasileira poderia ser alvo da ação.

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Em maio, pelo menos outras duas potências mundiais já tiveram as visitas dos agentes antidopagem em suas concentrações. Dia 26, a Espanha foi a escolhida.

Na mesma data, porém mais cedo, os alemães haviam inaugurado a medida que passa a valer a partir do Mundial 2010.

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Ao todo, a entidade que rege o futebol internacional planeja fazer 512 testes durante toda a com­­petição. Além de dois atletas sorteados a cada partida, as avaliações sem aviso prévio também po­­dem ocorrer em qualquer mo­­mento até a final do torneio – marcada para o dia 11 de julho.

Antes do apito inicial para o primeiro jogo (11 de junho), po­­rém, oito convocados definidos por sorteio podem ser testados a qualquer hora. Apesar de a regulamentação não ser a mesma, em 2006, antes da Copa da Alemanha, os examinadores apareceram no hotel canarinho às 7 horas da ma­­nhã.

Agora, o time já está escaldado. Até porque, o histórico de jogadores que testaram positivo é muito pequeno. O último nome a ser apa­­nhado em período de Copa foi Diego Maradona (atual técnico da Argentina), por consumo de um coquetel de substâncias proibidas, na competição de 1994.

Ao contrário de modalidades olímpicas, que têm constantes re­­sultados positivos nas grandes dis­­putas, o futebol possui índice baixíssimo de problemas por dopagem. Segundo o médico da Fifa, Michel Hooghe, em 35 mil análises anuais, apenas 0,3% testam po­­sitivo.

Para espantar uma imagem de falta de rigor, agora o esporte mais popular do planeta aderiu ao no­­vo código da Agência Mundial An­­ti­­doping (Wada), o que inclui re­­gra pela qual os atletas, fora de competição, precisam informar aos examinadores onde estarão durante uma hora por dia.

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A ideia é que os exames surpresa realmente sejam sem nenhum aviso prévio, mas resta saber se a regulamentação na prática vai ser cumprida após a Copa.

O principal motivo da discordância anterior entre Fifa e Wada era o fato da entidade presidida por Joseph Blatter não admitir que os jogadores fossem perseguidos nos momentos de folga e férias.

Entretanto, após o acordo assinado no dia 11 de maio, os futebo­­lis­­tas não terão mais nenhum privilégio.