Um dos homens de confiança do técnico Dunga na seleção brasileira, Gilberto Silva tem na ponta da língua o discurso sustentado pelo seu comandante: comprometimento. A força do grupo, segundo o volante, é sempre mais forte que as qualidades individuais. "É um grupo que se formou ao longo de três anos e meio", disse.
Ao lado de Kléberson, Gilberto Silva falou à imprensa do país todo neste domingo. O grupo brasileiro que vai à África do Sul para a disputa da Copa do Mundo esta concentrado no CT do Caju, em Curitiba, para um período de pré-temporada, incluindo exames médicos e testes físicos.
Para o jogador, cada um esta construindo aos poucos sua história na seleção. Gilberto Silva citou os bons momentos que viveu pela seleção em 2002 com a conquista do pentacampeonato e também comentou sobre o fracasso de 2006. Foi além. Diferente do que muitos falaram, para ele não faltou comprometimento àquele time.
"Na derrota aprendemos bastante. Não concordo quando dizem que parte daquela seleção não teve comprometimento. Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo mereciam estátuas no museu do futebol brasileiro pelo que fizeram", disse. Do grupo atual, entretanto, Gilberto Silva não nominou candidatos a "ganhar" uma estatua. "Cada um esta fazendo sua história ainda".
Blindagem
O rígido sistema de segurança que a CBF impôs para a cobertura da imprensa na passagem da seleção brasileira por Curitiba é encarado com naturalidade pelos jogadores. Para Gilberto Silva a blindagem ajuda no trabalho dos atletas. "Ao contrário do que dizem, não tem nenhuma blindagem. O acesso a outras seleções é pior ainda. Assim podemos fazer nosso trabalho com mais tranquilidade e vocês (imprensa) também".
O Brasil estreia na Copa do Mundo contra a Coréia do Norte, dia 15, a partir das 15h30. "O adversário mais difícil da primeira fase é a própria primeira fase. Aprendi que não dá para pensar muito na frente. Não temos conhecimento da Coréia do Norte ainda, mas os outros adversários já conhecemos um pouco mais".
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