Amigos, amigos, Copa do Mundo à parte. Homem de confiança de Dunga, camisa 10 e craque da seleção brasileira, Kaká adotou a cordialidade ao comentar a convocação tupiniquim para o Mundial da África do Sul. Com a experiência de quem também sofreu no início do trabalho do treinador – foi parar até mesmo no banco de reservas – o meia do Real Madrid considerou justa a lista dos 23 escolhidos, mesmo com a ausência companheiros de longa data.

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Do badalado quadrado mágico de 2006, na Alemanha, por exemplo, Kaká é o único remanescente. Com Ronaldo fora da seleção por todo esse período, as surpresas ficaram por conta dos vetos a Ronaldinho e Adriano. Acostumado com a gangorra do futebol, o craque brasileiro comentou a situação decadente da dupla e não se privou de dizer que somente dois jogadores podem reclamar de falta de oportunidade: Ganso e Neymar.

"No futebol as coisas acontecem muito rápido. Estamos falando de um período de quatro anos. Muitos jogadores mudaram, o ciclo mudou, os anos se passaram, e graças a Deus mantive o nível de atuação para seguir na seleção e aproveitar as oportunidades. A grande maioria dos grandes jogadores, tirando os meninos do Santos, todos tiveram chance. Aí, o Dunga e a comissão técnica avaliaram dentro e fora de campo quem aproveitou melhor. Sei que é difícil a Copa do Mundo passar perto e o jogador não participar. Mas são coisas que acontecem no futebol", disse em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM em Valência, na Espanha.

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Em entrevista coletiva, Kaká foi mais sucinto ao abordar o tema e posicionou-se, diante da imprensa mundial, ao lado de Dunga.

"Achei ótima a convocação, meu nome está lá (risos). O Dunga foi coerente com tudo que fez ao longo desses anos. Tirando o Grafite, todos são jogadores que estiveram nas eliminatórias e nos amistosos. Desde o princípio, o Dunga tem mostrado uma regularidade", defendeu o meia do Real.

Kaká estará em campo neste domingo para defender o Real Madrid diante do Málaga, fora de casa, pela última rodada do Campeonato Espanhol. Para ficar com o título, o time da capital precisa vencer e torcer pro tropeço do Barcelona, que recebe o Valladollid. Passado o fim de semana decisivo, o apoiador estará liberado para se apresentar à seleção, no próximo dia 21, em Curitiba.