Para quem tinha dúvida, o próprio Kaká garantiu: "Até o dia 15 (de junho) estarei pronto para a estreia". Principal nome da seleção brasileira para a Copa do Mundo da África do Sul, o meia do Real Madrid manteve no torcedor brasileiro o sentimento de apreensão durante todo o ano. Vindo de sucessivas lesões com demoradas recuperações o jogador se apresentou ao técnico Dunga em Curitiba, dia 21 de maio, como dúvida.
Depois de aprovados nos exames médicos e físicos, ele iniciou uma etapa de condicionamento para recuperar-se a tempo de participar da parte final da preparação com os demais companheiros. Na terça-feira passada, no amistoso contra o Zimbábue, Kaká atuou meio tempo para começar a recuperar o ritmo de jogo. O próprio técnico Dunga elogiou a participação do comandando, que nesta quinta, falou sobre sua recuperação em entrevista coletiva.
"Vou estar bem até o dia 15. A cada dia que passa tenho melhorado. Tenho me soltado mais. A lesão não é mais um incômodo. A principio tava preocupado, pois a dor me limitava. Mas a cada dia que passa e cada treino vou me soltando e fazendo as coisa que eu gosto", disse o meia aos jornalistas do mundo todo que acompanham a seleção em Johannesburgo, inclusive a Gazeta do Povo.
"A gente tem mais alguns dias até a estreia. Tenho feito o possível, podem ter certeza. Em dias de treinos trabalho até em três períodos, manhã, tarde e noite, pois sei da importância da Copa do Mundo. Até o dia 15 estarei pronto para a estréia", completou Kaká.
Sem críticas à Jabulani
Patrocinado pela Adidas, Kaká pegou leve nas críticas à "Jabulani", a bola que será usada no Mundial. Mas não a defendeu gratuitamente. Para o jogador, os companheiros que antes reclamavam estão até se adaptando à nova ferramenta de trabalho. "Eu já vejo o Luís Fabiano beijando a bola nos treinos e o Júlio César a abraçando. As coisas estão mudando", disse, se referindo a dois dos principais críticos da nova bola.
Para Kaká, as reclamações sobre as bolas são recorrentes. "Vou amenizar, não vou criticar. Desde que me conheço por jogador em todas as competições existem críticas sobre as bolas. Foi assim na Copa das Confederações, Copa de 2006 e em 2002. Em qualquer competição, mas na Copa ganha proporções e intensidades maiores. Hoje os jogadores estão se adaptando e espero que seja com essa bola que sejamos campeões".
Por fim, Kaká lembrou do primeiro gol da seleção contra Zimbábue, no amistoso da última terça-feira. Michel Bastos marcou de falta após um petardo que atingiu quase 140 km/h. "É uma tecnologia nova que causa uma impressão. Mas muitos jogadores já estão falando que não é tão ruim assim. Acho que o Michel não reclama da bola", concluiu.
Confira as fotos do treino desta sexta-feira pelas lentes do repórter fotográfico Valterci Santos:
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