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O meia Kaká e o atacante Robinho treinam para o confronto decisivo com o Chile, que vale vaga nas quartas de final da Copa do Mundo: última vez que o Brasil não passou da segunda fase foi em 1990, quando o volante Dunga era o símbolo da equipe | Valterci Santos/Gazeta do Povo - enviado especial
O meia Kaká e o atacante Robinho treinam para o confronto decisivo com o Chile, que vale vaga nas quartas de final da Copa do Mundo: última vez que o Brasil não passou da segunda fase foi em 1990, quando o volante Dunga era o símbolo da equipe| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo - enviado especial
  • Veja a ficha técnica do jogo Brasil X Chile

No dia em que uma coincidência incômoda se repete, o Brasil terá de volta o seu principal astro para o primeiro confronto mata-mata na Copa da África do Sul. Kaká carrega a esperança de que o time recupere o bom futebol para vencer o freguês Chile, hoje, às 15h30 (de Brasília), no Estádio Ellis Park.

Desde a segunda fase do Mundial de 1982, a seleção brasileira não entrava em campo pela maior competição do planeta após intervalo tão curto. Naquela oportunidade, três dias após bater a Argentina por 3 a 1, foi eliminada pela Itália na derrota por 3 a 2 que ficou marcada como a "Tragédia do Sarriá".

A diferença é que há 28 anos a Azzurra chegou descansada. Desta vez La Roja também jogou na sexta-feira. Na derrota por 2 a 1 para a Espanha, os chilenos ainda tiveram Estrada expulso no primeiro tempo, aumentando o desgaste dos que permaneceram em campo. Para completar, enfrentaram ontem uma via­­gem de uma hora de avião, de Nelspruit a Johannes­­burgo, e só chegaram à sede do confronto no início da noite.

Já a delegação brasileira viajou na própria sexta e fez apenas dois treinos de curta duração (não mais do que 50 minutos). Oito dos onze jogadores que devem iniciar a partida estiveram presentes em apenas uma das atividades.

Por não ter jogado contra Portu­gal, Kaká, Robinho e Ela­­no, chegarão mais inteiros do que a maior parte dos colegas e também do que os adversários. Expulso no jogo em que teve o melhor desempenho do ano – o 3 a 1 sobre a Costa do Marfim, há oito dias –, o camisa 10 só assistiu ao fraco 0 a 0 com os lusitanos que valeu o primeiro lugar do grupo G.

Vindo de uma temporada ruim pelo Real Madrid, com seguidas lesões, o astro não conseguiu deslanchar em 2010. Na folga forçada de uma semana, priorizou exercícios de reforço muscular para tentar não perder o pequeno embalo adquirido frente aos marfinenses.

Dois dos principais coadjuvantes, Robinho e Elano também estarão renovados para pegar a equipe andina. O atacante do Santos foi pou­­pado por causa de dores musculares diante dos portugueses e o meia do turco Galatasaray preservado por causa de uma pancada no tornozelo direito recebida contra os Elefantes. "São jogadores muito importantes para nós. Sem eles temos um grupo, mas contando com eles é melhor", pondera o treinador brasileiro, acostumado a defender o elenco que convocou.

Dunga tem 100% de aproveitamento em confrontos eliminatórios no comando da seleção brasileira – na Copa América, de 2007, e na Copa das Confederações, de 2009 (contando a vez em que dependeu dos pênaltis, contra o Uruguai, na semifinal da torneio continental).

Retrospecto que dá autoridade à opinião de que a partir de ago­­ra as partidas ganham novo contraste. "São 90 minutos que decidem tudo. Daqui para frente cada jogo é um campeonato. A mo­­tivação tem de ser ainda mais um ponto positivo. O psicológico é completamente diferente", re­­força o treinador.

Nessa hora, ficam de lado coincidências históricas e não importa se o adversário é o freguês Chile (em 61 confrontos, o Brasil venceu 42 jogos e empatou 12) , ou uma seleção de maior tradição. O matar ou morrer da Copa começa para o Brasil.

Ao vivo

Brasil x Chile, às 15h30, na RPC TV, Band, BandSport, SporTV e ESPN Brasil.

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