Se os números não mentem, a seleção brasileira já pode respirar aliviada. É que Kaká e Robinho estarão de volta na partida contra o Chile, amanhã, às 15h30 (de Brasília), no Ellis Park. Apenas quem vencer segue na Copa.
Os números da dupla atuando junto são espetaculares. A começar pela invencibilidade. Ainda não perderam sob o comando de Dunga. Desde a estreia, um impetuoso 3 a 0 sobre a Argentina em setembro de 2006, foram 33 jogos com Kaká usando a 10 e Robinho a 11. Conseguiram 29 vitórias. Aproveitamento de 87,7%. No período, os dois jogadores mais talentosos que o Brasil levou para o Mundial balançaram a rede 33 vezes, média de 1 gol por jogo.
Retrospecto que reforça a importância da parceria para o desfecho do time de Dunga na África do Sul. A apagada atuação da seleção no 0 a 0 com Portugal deixou claro a dependência. Sem Kaká, cumprindo suspensão por causa da expulsão contra a Costa do Marfim, o setor criativo do Brasil parou. Não havia quem pensasse o jogo. Já a ausência de Robinho, poupado devido a dores musculares, significou a perda de velocidade, mobilidade e, principalmente, dribles. Os pentacampeões do mundo se transformaram em uma equipe comum. "É muito difícil para qualquer time ficar sem Kaká e sem Robinho. A seleção também sentiu", afirmou o atacante Luís Fabiano. "São jogadores que fazem a diferença", emendou o zagueiro Juan.
As duas referências trilharam rumos diferentes até aqui. Kaká é perfeccionista, concentrado e dedicado à família, a Deus e à profissão. O bom moço, em resumo. Capaz de se casar virgem para seguir os preceitos da igreja.
Robinho é o ponto contrário. Extrovertido, brincalhão, adora uma piada. Se envolveu com polêmicas em Santos, Madri e Manchester. Chegou a ser acusado de estupro. Voltou à Vila Belmiro para reeencontrar a felicidade e o bom futebol. Enquanto o companheiro já se consolidou, especialmente depois de ter sido eleito o melhor do mundo pela Fifa em 2007, o atacante tenta acabar com o rótulo de promessa. Quer provar que pode ganhar a Europa. E, por que não, o mundo. Repetir as façanhas que alcançou no litoral paulista.
Duas histórias diferentes que se uniram em torno da famosa camisa amarela. Mesmo convivendo com problemas físicos, Kaká continua sendo Kaká. E mesmo sem ter convencido a todos, Robinho é Robinho. E os dois juntos são a seleção brasileira. Para o bem de Dunga. "Gosto muito de jogar com Kaká. Tem força, é inteligente e muito rápido. É um dos jogadores com quem mais me entendo na seleção. Já sei o movimento e sei onde ele gosta de receber os passes", resumiu o santista durante a Copa das Confederações do ano passado, vencida pelo Brasil. Um bom sinal. Assim como os números.
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