Doping
Fifa testa jogadores do Brasil
Oito jogadores da seleção brasileira tiveram de pular mais cedo da cama ontem. Às 6h45, uma comissão da Fifa bateu na porta da concentração do time para sortear oito nomes que fizeram testes antidoping.
Na presença dos médicos José Luís Runco e Serafim Borges, Júlio César, Gomes, Maicon, Juan, Gilberto, Kléberson, Elano e Luís Fabiano tiveram os números de suas camisas selecionados e precisaram submeter-se aos exames. Gomes foi o único que realizou avaliações de urina e sangue por ter sido "premiado" nas bolinhas.
"O único problema foi levantar tão cedo. Mas acho esse teste surpresa muito bom. Na Europa também tem sido feito", avaliou o arqueiro reserva.
O procedimento não é exclusividade da equipe canarinho. Desde 10 de abril, todas as 32 seleções estão sujeitas a serem visitadas quando reunidas. Na Argentina, por exemplo, o zagueiro Garcé, já flagrado por uso de cocaína em 2005, apareceu entre os sorteados para o exame.
O resultado dos exames só é divulgado caso alguma substância proibida seja encontrada. No entanto, tal situação é muito rara em Copas do Mundo. O último atleta a ser pego foi o argentino Diego Maradona, numa partida diante da Nigéria, em 1994.
Acordar às 6h45 e estar entre os oito sorteados para ser testado no exame antidoping surpresa feito pela Fifa na concentração da seleção brasileira (leia matéria ao lado), ontem, foi o mais importante que Kléberson fez até agora na preparação para a Copa da África do Sul.
O volante paranaense atualmente defende o Flamengo foi o único dos 20 jogadores de linha da seleção brasileira a não entrar um minuto sequer nos amistosos de preparação contra Zimbábue e Tanzânia. Além dele, só o terceiro goleiro Doni não foi utilizado.
Pior, o ex-atleticano é o atleta que está na África do Sul que menos defendeu o Brasil sob o comando de Dunga. Foram apenas 49 minutos, no amistoso contra a Estônia em agosto do ano passado, em que o jogador sofreu uma lesão no ombro direito e só retornou ao futebol em novembro, pouco antes de ser campeão nacional pelo Fla, mesmo sem iniciar as partidas decisivas.
Até Grafite, a maior surpresa na lista de convocados pelo capitão do tetra, já participou mais do período de comando do atual treinador (58 minutos). Sinais claros de que o Xaropinho terá muitas dificuldades para garimpar espaço.
Na Tanzânia, desde os minutos finais do primeiro tempo até o apito de encerramento do jogo, Kléberson ficou se aquecendo atrás do banco brasileiro. Nos treinamentos, sua participação tem sido inócua. Ele passa despercebido em campo.
Na entrevista de Dunga em Dar Es Salaam, Kléberson nem foi citado pelo chefe, que falou de vários outros nomes tentando vender a imagem de que "os 23 são importantes".
No entanto, a missão de repetir o feito de 2002, quando o jogador, natural de Uraí, Norte do estado, ganhou a posição durante a competição da Fifa, vai se tornando cada vez mais difícil.
Em má fase no Mengo, as críticas só aumentam pelo fato de ter sido escolhido no lugar que poderia ser de um dos xodós da torcida: Ronaldinho Gaúcho ou Paulo Henrique Ganso.
Apesar de Dunga e Kléberson não confirmarem, nos bastidores a convocação do paranaense foi justificada por um pacto do treinador com o atleta. Como a lesão no ombro ocorreu em um dos amistosos caça-níqueis da seleção, o técnico teria garantido ao pupilo a presença na África do Sul caso ele se recuperasse antes do fim do Brasileirão-09.
"A convocação é fruto do que já fiz pela seleção e por ter aproveitado as oportunidades, não por nenhum favor", disse o jogador, antes de se apresentar para a Copa. Depois de reunir-se com o grupo, Kléberson foi escalado para conceder entrevista coletiva apenas no segundo dia de exames médicos da seleção em Curitiba. Mais um sinal do seu desprestígio.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião