A eliminação nas quartas de final na África do Sul e a expectativa da próxima Copa do Mundo sendo disputada no Brasil injetarão no próximo técnico da seleção brasileira uma dose extra de pressão pela conquista do hexacampeonato. Esta foi a opinião dada por Carlos Alberto Parreira, na manhã desta segunda-feira (5), em evento realizado em um centro de convenções de Joanesburgo.
No dia seguinte ao anúncio da demissão do técnico Dunga, Parreira também descartou a possibilidade de retornar ao cargo que ocupou nos Mundiais de 1994 e 2006 e na Copa América de 1983.
"É claro que a pressão agora sobre o treinador brasileiro vai aumentar muito, a responsabilidade será bem maior e eu estou completamente descartado, não sou mais treinador de seleção. Fui em três oportunidades, mas temos excelentes treinadores no Brasil", disse Carlos Alberto Parreira, que comandou a seleção da África do Sul na Copa.
Ao lado do Kaiser Franz Beckenbauer, Parreira voltou a elogiar os resultados obtidos por Dunga à frente da seleção brasileira, como as conquistas da Copa América e da Copa das Confederações, além de vitórias em importantes amistosos antes do Mundial. A campanha na África do Sul também foi objeto de elogios do treinador, que no entanto, fez uma ressalva.
"Por tudo que aconteceu antes da Copa, o Brasil chegou aqui entre os favoritos e foi levando bem até o segundo tempo contra a Holanda. Merecia até ter aberto uma vantagem maior no primeiro tempo. Depois o time, não sei por que, se descontrolou de maneira incrível e definitiva após o segundo gol. Havia jogadores que já estavam em outras Copas que não poderiam ter ficado tão nervosos como ficaram", disse Parreira, citando o capitão Lúcio, o zagueiro Juan, o meia Kaká e o atacante Robinho.
"Cabe agora ao Ricardo Teixeira escolher com calma o homem que vai dirigir porque agora a responsabilidade só aumentou", encerrou.
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