Exceção
Só Nilmar fala na chegada
O atacante paranaense Nilmar foi o único jogador da seleção brasileira a não driblar a imprensa na chegada a Curitiba. Vindo de Londrina (estava com a família em Bandeirantes) o avante desembarcou no Aeroporto Afonso Pena por volta das 8 h da manhã.
Como preferiu não esperar o ônibus da CBF, que só apareceu perto das 10 h, Nilmar passou normalmente pelo terminal de desembarque e não conseguiu escapar das entrevistas. O jogador do Villareal defendeu as escolhas do técnico Dunga.
"Em época de Copa do Mundo, sempre tem alguns jogadores que as pessoas gostam mais e outros que elas gostam menos. Mas nos últimos anos os resultados mostram que o Dunga está levando quem ele confia. Agora, temos de demonstrar dentro de campo que o técnico fez o certo", afirmou.
Em dez jogos com a camisa amarela, Nilmar marcou oito gols.
A ótima média de 0,8 gol por partida foi fundamental para o atacante garantir vaga no Mundial da África do Sul. Apesar de não estar cotado para ser titular (Robinho e Luís Fabiano devem formar o ataque), o paranaense de Bandeirantes está com moral.
O CT do Caju passou com facilidade pelo primeiro teste com a seleção brasileira. Não adiantou se empoleirar no muro, ou mesmo ser um jornalista credenciado. Ontem, após a chegada dos convocados por Dunga no centro de treinamentos, nenhum jogador foi incomodado.
O oba-oba tão temido pela CBF ocorreu como imaginado. Mas ao contrário de Weggis vilarejo suíço onde o Brasil fez preparação semelhante na véspera do Mundial da Alemanha , dessa vez a confusão ficou concentrada apenas do lado de fora dos muros da propriedade atleticana.
Aglomerados na pequena Rua Lupionópolis, no Sítio Cercado, centenas de jornalistas se misturavam a torcedores, curiosos e ambulantes.
A maioria dos atletas chegou num ônibus com vidros fumês, intransponíveis aos olhos dos torcedores e da mídia. Até a esperada entrevista coletiva seguiu os mesmos moldes: só tinha o médico José Luís Runco e o preparador físico Paulo Paixão. O único atleta visto no local foi Michel Bastos, que já estava em Curitiba. Perdido, entrou pela porta de imprensa, por volta das 9 horas, quase como um desconhecido.
"Em 9 anos de CBF, posso dizer que esta é uma nova filosofia. Fomos muito criticados pelo que ocorreu em Weggis e a partir de agora será assim", afirmou o diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva.
Na Suíça, não adiantou apenas escolher uma cidadezinha de 4 mil habitantes para obter sossego. Em 2006, a chegada da seleção causou uma invasão de torcedores, curiosos e jornalistas. A administração da cidade registrou nada menos do que 12 mil visitantes no período. Além disso, 900 jornalistas cobriram o time. O refúgio brasileiro virou uma festa, com direito a venda de ingressos para treinos e invasão de gramado no trabalho dos jogadores.
No Sítio Cercado, a movimentação também é grande, mas nem se compara aos números acima. Como Dunga avisou com antecedência que iria trancafiar seus atletas, os únicos torcedores que andam em volta do CT são os moradores do bairro. E os jornalistas, com a limitação de repórteres por veículo, caíram pela metade. Estão credenciados 439 profissionais. Destes, pouquíssimos são estrangeiros: 30.
O número, no entanto, é bem maior do que o local comporta. Lá dentro, para quem obtém a credencial do dia, que é liberada apenas para dois profissionais por veículo, uma sala provisória foi montada para a realização de entrevistas, com escassas bancadas de trabalho. Do lado de fora, é pior. Apenas uma pequeníssima tenda coberta, com algumas mesas de plástico, contrastam com as 15 unidades móveis de televisão, prontas para a transmissão ao vivo.
Teoricamente, este deverá ser o último grande desafio de Dunga para resguardar a seleção brasileira. No período da Copa do Mundo os torcedores são praticamente banidos e o número de jornalistas credenciados diminui bastante. Na África do Sul, por exemplo, será ainda menor do que na Alemanha. Há quatro anos, a Fifa credenciou um total de 21 mil profissionais. Agora, apenas 15 mil, 28,5% a menos.
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