Gazeta 6 Estrelas: Informação sobre a Copa com sotaque paranaense
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Não podia ser diferente. Homem de confiança do técnico Dunga na seleção brasileira, Elano se revela um grande porta voz das idéias de seu comandante. Com o discurso do comprometimento e do "grupo" na ponta da língua, ele é hábil em defender a tese de que a seleção não tem um rosto, mas sim 23.
O próprio Elano não se considera titular, apesar de inegavelmente ser peça chave no esquema tático armado pelo treinador brasileiro. "Sinto-me parte de um grupo. Todos trabalham para isso e disputam posição constantemente", explicou o jogador durante entrevista coletiva dada nesta terça-feira em Johannesburgo.
Elano acredita que a seleção terá sucesso se não inventar na Copa. "O Dunga criou uma maneira de trabalhar desde o começo. Nós fizemos o simples com muito respeito aos adversários. É por isso que tivemos sucesso e ganhamos títulos. Entendemos, em pouco tempo, o que o Dunga queria e esse foi o segredo. O segredo é não ter segredo. Não vamos ter muitas surpresas na Copa do Mundo".
Meia do Galatassaray, da Turquia, Elano tem reforçado nos treinamentos uma tendência vista em seus jogos recentes pela seleção: a prioridade na cobrança de faltas. O jogador comentou sobre o ofício e lembrou que foi dos seus pés o cruzamento para o gol de Lúcio na final da Copa das Confederações.
"No futebol de hoje a bola parada é importante. Às vezes você pega uma equipe que está muito atrás e uma falta lateral ou frontal pode ser decisiva. Temos jogadores que atacam muito essa bola. É um ponto forte da seleção e podemos decidir jogos assim. Espero cobrar bem para que os gols continuem saindo", disse.
Ao lado do amigo Robinho durante a coletiva, Elano lembrou com saudade os bons tempos do Santos do começo da década.
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