Robinho faz malabarismo com a bola sob o olhar do atacante Luís Fabiano| Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo – enviado especial

Robinho sabe que a sua volta ao Santos, em fevereiro, após um ano e meio de irregularidade na Inglaterra (Manchester City) teve o objetivo de recuperar o bom futebol para brilhar na Copa. A primeira parte do plano deu certo. A segunda e mais desafiadora será na África do Sul.

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Para conseguir o objetivo, o rei das pedaladas tem a confiança do técnico Dunga. Ele é o jogador que mais vestiu a camisa amarela titular sob o comando do treinador – 45 vezes. Na Copa América, em 2007, sem Kaká (poupado do torneio) foi o craque da competição.

Já na Copa das Confederações, no ano passado, voltou a se destacar ao lado das outras apostas ofensivas brasileiras, mas sem ser o principal protagonista. Ele esteve nos grandes momentos da atual gestão da seleção e é o símbolo do time de Dunga.

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"A responsabilidade é grande, mas a minha vontade de jogar bem também é", avisa, questionado mais de uma vez sobre a possibilidade de ser "o cara" do Mundial.

O peso sob os ombros do menino da Vila Belmiro é ainda maior devido ao raríssimo fato de um atleta que não está atuando no Velho Continente poder ser o craque da competição. Na equipe nacional, tal situação não ocorre desde o Mundial de 86, no México, quando a missão estava nos pés do flamenguista Zico e do são-paulino Careca.

Considerando-se bem mais experiente do que na Copa da Alemanha, disputada há quatro anos, Robinho já tem a tarimba para fazer importantes comparações entre o time de Carlos Alberto Parreira e o de Dunga.

"Aquela seleção era bem mais badalada. Mas o convívio entre os jogadores era igual ao dessa. No meu caso, tenho muito mais responsabilidade. Antes não era titular", admite.

A volta do atacante ao Brasil, por mais positiva que tenha sido, não foi capaz de colocá-lo entre os que mais atuaram na última temporada. A anterior irregularidade no City, joga para baixo o número de vezes que Robinho jogou nos últimos dez meses: 26. Do elenco nacional, só o terceiro goleiro Doni atuou menos: 11.

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"Nem fui tão mal assim na Inglaterra. Faltava uma sequência de partidas maior. Mas ainda bem que voltei ao Santos e consegui jogar bem para estar na Copa", diz.

Por causa de ter atravessado o Oceano Atlântico em fevereiro, a felicidade está estampada no rosto de Robinho. Agora, o que ele quer é brilhar na África do Sul e depois: "Continuar no Santos".