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O Robinho gigante no centro financeiro da África do Sul. Mais gigante ainda ficou a conta bancária do atacante | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
O Robinho gigante no centro financeiro da África do Sul. Mais gigante ainda ficou a conta bancária do atacante| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Rápidas

Cabeça cheia

Além da seca de gols, Luís Fabiano precisa se preocupar com seu futuro após a Copa. Ele e Robinho são os únicos jogadores da seleção que não sabem qual clube defenderão no segundo semestre. O camisa 9 quer trocar o Sevilla por algum clube de maior expressão na Europa. Para isso considera fundamental o desempenho no Mundial. Já o companheiro pretende permanecer no Santos, mas terá de negociar com o Manchester City, que solicita o seu retorno para a temporada 2010-2011.

Demora

Há oito dias o goleiro Júlio César deixou o amistoso contra o Zimbábue reclamando de dores nas costas. Dunga minimizou a contusão, dizendo que o jogador estaria de volta em dois ou três dias. Porém o mais perto disso foi uma corrida ontem no Randburg Golf Club, ao lado do hotel onde a seleção está concentrada. O goleiro titular do Brasil tem cinco dias para mostrar que as dores não o incomodam mais, mas a comissão técnica mantém firme a posição de que ele estará em campo contra a Coreia do Norte.

Camisa 12

O reserva Gomes também diz ter certeza de que Júlio César se recuperará a tempo. Mas diz estar pronto para qualquer eventualidade. "Ele é melhor goleiro do mundo e merece essa Copa, mas eu me considero no nível de poder substituí-lo. Torço para que o Dunga não precise de mim. Mas, se precisar, estarei pronto."

  • No treino fechado de ontem, o único modo de ver os jogadores foi através das árvores do clube de golfe vizinho ao hotel da seleção

O atacante Robinho vive um "boom" comercial. Em 2010, com a proximidade da Copa e o retorno ao Brasil desde fevereiro para defender o Santos, se tornou o garoto propaganda de cinco diferentes empresas (Samsung, Seara, Re­­xona, Volkswagen e Nike). Até Kaká, patrocinado por três gigantes (Gilette, Armani e Adidas), ficou para trás.

A evolução comercial do camisa 11 produz não só peças de propaganda nas quais aparece como protagonista principal no Brasil. Na África do Sul, "Róbino" como é chamado pelos locais, também está por todos os lados.

Em Sandton, bairro mais nobre de Johannesburgo e que concentra o principal centro financeiro sul-africano, o santista aparece em um anúncio da Nike que cobre a fachada de um prédio de ponta a ponta.

Tanta exposição publicitária virou até debate na única entrevista coletiva concedida pelo jogador em solo africano. O fato de um Robinho moleque ter quebrado carros em um dos comerciais de tevê o fez brincar: "Eu quebrava, mas virei jogador. Tanto que sempre ficava com a bola", disse.

Campeão paulista pelo Peixe e destaque nos amistosos contra Zimbábue e Tanzânia, com três gols, o craque das pedaladas vive a explosão midiática também porque os outros atacantes convocados por Dunga não carregam o mesmo apelo.

Grafite mal jogou pelo escrete canarinho. Nilmar se destacou no ano passado, mas não consegue manter o mesmo nível da seleção no Villareal. Luís Fabiano, mesmo sendo titular inquestionável, vai para o primeiro Mundial, como os dois companheiros.

Mesmo Robinho, jogador mais convocado pelo capitão do tetra, foi reserva há quatro anos sob o comando de Carlos Alberto Parreira, na Alemanha. Nenhum dos avantes do grupo que está na África já marcou gol em Copa.

Artilheiro da Copa das Con­­fe­­de­­rações do ano passado, Luís Fa­­biano foi requisitado para a campanha publicitária da Brahma. Mas, nos bastidores da seleção, sabe-se que os valores (não revelados) nem chegam perto dos pagos ao astro Robinho.

Diferença que o Fabuloso vai ter de tirar com o desempenho no Mundial. O centroavante, voltando de contusão, foi mal nos jogos contra zimbabuanos e tanzanianos. E já está há nove meses (ou cinco jogos) sem balançar a rede pelo Brasil – o último gol foi no triunfo por 3 a 1 sobre a Argentina, em Rosário, pelas Eliminatórias.

Dunga, no entanto, garante não se preocupar com o jejum ou a falta de experiência. As dúvidas em cima do setor ofensivo, atualmente bem mais questionado que a defesa, são respondidas pelo técnico com números.

Em 55 jogos, o "professor" viu a seleção balançar a rede 116 vezes. "Não sei como um time que marca tantos gols pode ser considerado com um ataque fraco", argumenta, nunca aceitando a análise de que prioriza os contragolpes.

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