O corpo fala
O fim da temporada europeia deve trazer para a Copa da África do Sul jogadores com diversos problemas médicos.
Lesões musculares Os músculos adutor e posterior da coxa são os mais sujeitos a contraturas ou estiramentos após meses de desgaste físico. O meia Kaká, principal aposta da seleção brasileira na Copa, ficou fora de vários jogos do Real Madrid neste ano por causa de uma lesão no adutor da coxa esquerda.
Pubalgia O problema que atrapalhou Kaká (foto) em 2009 é um dos mais comuns em fim de temporada. Causada pelo esforço intenso, a contusão acomete mais laterais (por causa da repetição de cruzamentos) e meias, como o camisa 10 da seleção brasileira (devido aos movimentos de rotação do corpo). É causada pelo desequilíbrio da musculatura adutora e abdominal.
Tendinite patelar do joelho Ocasionada pela sobrecarga de atividades durante a temporada e desequilíbrio muscular da região.
Outras lesões Com a musculatura cansada, os jogadores ficam mais sujeitos a diversos problemas, como entorses e lesões de menisco.
Kaká está perfeito de saúde para a disputa da Copa do Mundo. Quem garante é o médico da seleção brasileira, José Luiz Runco, presente na noite de ontem na abertura do 1.º Congresso Internacional de Medicina do Futebol, no Centro de Treinamentos do Atlético.
"O Kaká teve um quadro de dor na região do púbis no ano passado. Não foi algo que o incomodou neste ano, quando teve um problema no músculo adutor da coxa esquerda", disse o médico. "Ele fez o tratamento, que levou em torno de quatro semanas e meia. Retornou, está jogando normalmente e nos posiciona que está tudo bem. Na seleção não deve ter problema", acrescentou.
De acordo com Runco, a principal estrela do time brasileiro manteve contato constante durante a recuperação. "Ele sempre nos posicionou de forma serena, afirmando que está voltando, que está bem. Por isso a nossa tranquilidade."
Às vésperas do começo da preparação brasileira para o Mundial, o médico contestou a teoria de que a preparação para a Copa da Alemanha não foi boa. Segundo ele, não haverá mudanças para o torneio na África. "Não houve erro de preparação de 2006. A metodologia que foi usada na Alemanha é a mesma que foi usada em 2002 e a que será usada em 2010. A diferença é que em uma nós fomos campeões e em outra não", justificou.
"Vamos repetir exatamente a mesma metodologia que fazemos há 12 anos na seleção brasileira. O trabalho todo será avaliado, os atletas que não tiverem condições médicas serão cortados e os seguintes encaminhados para os treinos físicos", descreveu.
Por fim, o médico mostrou preocupação com o fato de os atletas virem do fim da temporada na Europa. "É um problema que nós temos, mas que não é só nosso", afirmou, explicando o procedimento para superar o obstáculo. "Dar uma dosagem de treinamento, da maneira que eles possam participar, mas sem desgastá-los mais. E prepará-los para jogar sete partidas em praticamente um mês sem que sofram lesão. É este mix que procuramos fazer desde 1998."
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