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Ainda não foi ontem que o técnico Dunga deu pistas sobre o substituto de Kaká, suspenso. Somente os reservas treinaram. Os titulares realizaram apenas exercícios físicos. O meio-campista Júlio Baptista é o mais cotado para a vaga do camisa 10. Hoje, o treinador brasileiro deve promover o único coletivo para o confronto na cidade de Durban.
O meia Elano, que deixou o jogo diante da Costa do Marfim sentindo dores no tornozelo direito, foi o único que ficou realizando tratamento com os fisioterapeutas da seleção. Desta forma, permanece sendo dúvida para a partida frente aos portugueses.
Johannesburgo - Atacar a imprensa e contestar as opiniões vindas dela não são privilégios do técnico Dunga. Ontem, o meia Kaká seguiu a linha de seu treinador e abriu artilharia.
A relação seleção/mídia vem sendo turbulenta na África do Sul. Os integrantes do estafe da CBF já reclamaram da divulgação de notícias de desentendimento em treinos e da publicação de fotos de atividades fechadas.
Ontem, o camisa 10 afirmou que a forma enclausurada na Copa foi decidida por todos da seleção. Uma reunião ainda no Brasil definiu como as coisas seriam processadas. Inclusive o atendimento à imprensa.
A ira do meia ocorreu por causa de uma coluna em que Juca Kfouri, da Folha de S. Paulo, afirmara que o jogador tem um problema no púbis bem mais grave do que o divulgado.
No entanto, diferentemente do chefe, o principal astro do Brasil não ficou balbuciando palavrões e nem fazendo ironias (o treinador mirou Alex Escobar, da TV Globo, no domingo). Ele foi direto ao ponto, aumentando o clima ruim em volta da seleção brasileira.
Para o camisa 10, existe preconceito no trato do colunista contra ele. O problema seria a opção religiosa do jogador. Evangélico, o craque do Real Madrid é seguidor da Igreja Renascer.
"Infelizmente, o canhão do Juca Kfouri tem se voltado para mim ultimamente não por motivos profissionais, mas sim pessoais. O problema é a minha fé em Jesus Cristo. Se o respeito como ateu quero que me respeite como [seguidor de] Jesus Cristo", acusou o atleta, logo após responder uma pergunta de André Kfouri, da ESPN Brasil e filho do alvo da estrela.
A resposta veio logo depois no blog do comentarista, no site UOL. Kfouri disse que critica apenas "o marketing religioso" feito por alguns jogadores, entre eles Kaká. Após a Copa das Confederações do ano passado, a Fifa reprovou as comemorações dos brasileiros exibindo mensagens religiosas. O analista também insinuou contradição na fala do jogador, que disse "que seu problema [no púbis] requer uma análise profunda."
Assim como Dunga, Kaká também não vê exageros nas críticas públicas e no debate aberto com os jornalistas. Segundo ele, que está suspenso após expulsão diante dos marfinenses e não enfrenta Portugal, na sexta-feira, no momento em que imaginar deve "dar respostas".
"Acabei de fazer isso [dar uma resposta] porque achei que era o momento", avisou, não condenando a atitude do técnico na entrevista coletiva após a vitória sobre a Costa do Marfim. "Cada um tem os seus motivos. Estava na zona mista na hora da coletiva e prefiro não comentar", disse.
Considerando-se injustiçado pelo cartão vermelho recebido na última partida, a maior esperança da torcida nacional crê que precisa se policiar mais para não ser expulso novamente.
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