Frases
"Na minha carreira tomei muita pancada... mas nunca me coloquei como vítima. Eu falo para os jogadores: não somos vítimas. Não estamos aqui pra achar desculpas, estamos aqui pra achar soluções."
"A mesma pressão que eu tinha em 94 eu tenho agora. Tem gente que diz: se perder ele vai ver. Isso é terrorismo. Isso é ameaça."
"Tem aqueles [torcedores] que não querem ser felizes... não podemos chorar com eles. Temos de ser felizes com o povo trabalhador brasileiro. Temos de dar resposta para o torcedor que acorda às 3 da manhã... e quando a seleção ganha... ele dá um sorriso."
"A capacidade e a qualidade do Ronaldinho Gaúcho são indiscutíveis, mas tenho de tomar uma decisão. Aí dizem: Ele está bem no clube. Mas mais me importa o que acontece na seleção."
"Ninguém falou que o Ganso, que é diferenciado, foi ser reserva da [seleção] sub-20. Ninguém falou que na sub-17, com o Neymar, o Brasil foi eliminado na segunda fase."
Dunga, técnico da seleção brasileira.
Se o técnico Dunga fosse um empresário, é bem provável que ele tivesse sucesso. Porém a longo prazo. É esta a conclusão que especialistas em gestão de carreiras e recursos humanos chegam ao analisar o discurso do comandante da seleção brasileira.
Ao previlegiar o comprometimento à capacidade, o comandante da equipe nacional age como um empregador "que prega pelo crescimento contínuo, porém mais lento" como avaliam os especialistas em carreiras e mercado de trabalho.
Flávio Pereira, orientador de executivos e psicólogo organizacional, sai em defesa da estratégia pró-empenhados. "Pode não ter pirotecnia, mas uma política assim é de sustentabilidade, com o crescimento em doses homeopáticas e resultado garantindo", afirma.
O especialista prossegue: "Um bom articulador precisa pensar em uma política na qual os dois lados ganhem, para que se tenha um bom relacionamento a longo prazo. Por isso não se pode ser muito agressivo", complementa. "É a tática mais certa, sem estrelas, com um grupo unido e de pessoas disciplinadas. Não adianta um indivíduo mais maduro que crie confusão."
A coordenadora de RH da Editora Quantum, Daniela Santana, endossa essa opinião. Para ela, Dunga está até seguindo uma tendência de mercado. "Quando há uma seleção, as empresas preferem o meio-termo, com aqueles que têm um pouco de talento, mas são comprometidos, como o Dunga fez", afirma, com um arremate: "Mas o ideal é que os dois quesitos andem em conjunto".
Para aqueles que afirmam que o selecionador não teria esse "longo prazo" durante um mês de Copa do Mundo, o treinador pode responder que o trabalho na verdade é de quase quatro anos. Porém, como já virou rotina, sempre há alguém que discorda do treinador.
Nesse caso é Carmen Diel, sócia da Diel e Diniz Consultoria. "Comprometimento é importante, mas sem um talento, em um momento decisivo, não ajuda muito. Precisa de pessoas que tragam resultado", justifica. "Eu vejo que o Dunga foi levado pelo lado emocional, valorizando quem estava com ele. O mercado cooperativo não pode ter emoção. O objetivo final é o resultado", destaca a consultora, desconfiada no sucesso empresarial do capitão do tetra.
Durante a convocação do time que começa hoje a arrancada rumo ao hexa, o treinador gaúcho sem prévia experiência no cargo foi simples ao justificar as escolhas. A frase será latente durante o torneio na África do Sul. "Eu não quero ter coerência por ter coerência. A minha coerência é com os fatos. A minha responsabilidade de montar um grupo e aquilo que eu falar os jogadores têm de acreditar. Cada um desde o primeiro dia começou a montar sua casinha, começou a colocar seu tijolinho."
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais