Vuvuzelas
Emissoras de tevê querem proibir uso de cornetas
As vuvuzelas estão criando um barulho inesperado para a Fifa e o Comitê Organizador da Copa do Mundo, às vésperas do início da competição.
Nos últimos dias, diversas emissoras de televisão teriam voltado a reclamar do som que produzem, por prejudicar suas transmissões, e chegaram a pedir a proibição.
Como essa é uma medida improvável por ser difícil, na prática, impedir o uso dos instrumentos, e também porque politicamente seria um desastre tomar tal medida logo na África do Sul , optou-se por "tentar disciplinar" o uso das cornetas.
Ontem, durante o anúncio oficial da colocação à venda de mais uma carga de ingressos para a Copa, que a Fifa anunciou como a última oportunidade de ver o show, o chefão do Comitê Organizador, Danny Jordaan, por diversas vezes fez uma espécie de apelo para o uso disciplinado das vuvuzelas. "Deve-se fazer silêncio durante a execuções dos hinos nacionais. Os hinos devem ter o respeito que merecem", disse. "Também é preciso respeitar pronunciamentos de autoridades e o anúncio das escalações."
Jordaan também lembrou que, em caso da necessidade de evacuação de um estádio, a operação pode ser comprometida por causa do barulho infernal das vuvuzelas.
O secretário-geral da Fifa, o falante Jérôme Valcke, preferiu ser econômico com as palavras ao ser questionado sobre o tema. "Nós temos problemas com isso, como mostrou a Copa das Confederações do ano passado." Evasivo, ele não confirmou se a Fifa está recebendo pressões e nem se pretende adotar alguma medida mais drástica.
Johannesburgo - Faltando 14 dias para o início da Copa do Mundo, a África do Sul corre contra o tempo para não protagonizar um vexame de falta de organização na maior competição de futebol do planeta.
Obras atrasadas ou entregues inacabadas, que só alimentam um trânsito já caótico, aumentam as preocupações. Este será o primeiro evento da Fifa em um país em desenvolvimento desde o torneio do México, em 1986.
Apesar dos sul-africanos serem extremamente solícitos, alegres e de estarem fazendo o clima de Mundial invadir as ruas com bandeiras e camisas, a desorganização é nítida.
Ao sair do moderno aeroporto de Johannesburgo, o turista logo se depara com uma autoestrada de tráfego pesado. As largas avenidas são a ligação preferida dos habitantes da cidade. O problema é que o transporte público quase não existe. Assim, vans superlotadas (aqui chamadas de táxis) aparecem de todos os lados e congestionam tudo.
No ano passado, uma rara linha de ônibus foi criada com inspiração nos biarticulados curitibanos. Funcionando em um trecho restrito, a opção nem é conhecida da maioria dos habitantes.
O metrô, promessa para o Mundial, será entregue só dois dias antes da abertura e vai ligar apenas o novo Estádio Soccer City ao bairro rico de Sundtown. Bem menos cobertura do que a prevista inicialmente.
Na maior cidade sul-africana, nem mesmo o sistema de energia elétrica está livre do caos. O governo federal solicitou à população que deixe somente uma lâmpada e uma televisão ligados durante a noite. Ontem, às 22 horas, alguns bairros residenciais teriam o fornecimento cortado para atender a supostos "ajustes de emergência". Porém, em cima da hora, o desligamento não ocorreu.
O temor é pelo fracasso também nos estádios. Com exceção dos jogos dos donos da casa e das grandes seleções, ainda há muitos lugares vagos. Ontem, a Fifa falou em 160 mil ingressos não vendidos. Há partidas, inclusive, que terão mais cadeiras vagas do que preenchidas a partir do dia 11 de junho.
"A meta é atingir 97% ou 98% de vendas (do total de 2,88 milhões de bilhetes), o que corresponde a níveis da Copa da Alemanha", disse Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa. A maior parte dos ingressos disponíveis estava em poder de parceiros da entidade e foi devolvida. Há 4.423 bilhetes para a abertura e 861 para a decisão.
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