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O urugaio Victorino lamenta a eliminação. Ao fundo, os técnicos apertam a mão | Valterci Santos/Gazeta do Povo – enviado especial/ Gazeta do Povo
O urugaio Victorino lamenta a eliminação. Ao fundo, os técnicos apertam a mão| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo – enviado especial/ Gazeta do Povo

Holanda

Van Marwijk descarta revanche

Uma possível revanche contra a Alemanha, seleção que há 36 anos bateu a Holanda em uma final de Copa do Mundo, à primeira vista não anima o técnico Bert Van Marwijk.

"Não estou pensando em revanche. Era jogador naquela época [não da seleção] e lembro muito bem do que aconteceu [2 a 1 para os alemães, que jogavam em casa]. A Holanda tinha time maravilhoso, que merecia ser campeão. Uma geração única. Tanto que chegou a outra final, em 78. Mas não estamos pensando nisso", afirmou.

O treinador espera com curiosidade o adversário que sairá do jogo de hoje entre alemães e espanhóis e, embora afirme não ter preferência, considera a Fúria um time que se encaixa mais no jogo holandês. "É difícil dizer quem vai passar. A Espanha joga o melhor futebol do mundo, mas o melhor futebol desse torneio é da Alemanha."

Ontem, o melhor jogador da partida eleito pela Fifa foi Sneijder, autor do segundo gol. Mas o prêmio serviu apenas para ele elogiar a força da coletividade. "Esse grupo maravilhoso já fez coisas maravilhosas. Foram seis grandes jogos, mas ainda falta um.

Temos de continuar fazendo as coisas assim, em equipe", disse.

"Se existe uma boa forma de perder, imagino que seja essa." A afirmação do técnico uruguaio Oscar Tabárez resume, de certa forma, o sentimento de todos que viram a partida contra a Holanda. A Ce­­leste vendeu caro a derrota e por pouco não conseguiu o empate quando se esperava que se entregasse. Por isso, mereceu os aplausos ao sair de campo.

Ao contrário de seleções como Brasil e Argentina, os uruguaios mostraram controle até mesmo na hora das entrevistas. O clima era de tristeza, claro, mas boa parte do time já pensava no jogo de sábado.

"Temos agora de descansar, pois tivemos jogos desgastantes e nos prepararmos para a disputa do terceiro lugar. Esta camisa tem história e temos de respeitar", afirmou Loco Abreu, atacante do Botafogo.

Na análise geral, os três minutos de desatenção no segundo tempo foram a principal causa da derrota. O time já havia reagido com o camisa 10 Forlán, após o golaço de Van Bronckhorst no início. Entre os 25 e os 28 minutos, Sneijder e Robben praticamente definiram o jogo. O gol do primeiro, bastante polêmico. Van Persie estava à frente da zaga, não tocou na bola, mas tentou, e o impedimento não foi marcado.

A arbitragem, contudo, foi poupada de críticas. "São coisas do futebol. Não é hora de ficarmos arrumando desculpas. O importante é que a equipe chegou junto de três potências europeias. E esse jogo de terceiro lugar é muito im­­portante para nós", disse Tabárez.

Apesar da derrota, os uruguaios vão embalados pela pressão nos acréscimos, quando Maxi Pereira diminuiu e a bola rondou o gol laranja nos últimos segundos.

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