Depois de cruzar toda a África, partindo do Egito, a taça da Copa do Mundo chega nesta quarta-feira à África do Sul, de onde só sai nos braços dos campeões mundiais de 2010. A partir da próxima sexta-feira, ela começará a ser exibida em diversos pontos do país. Para abrir o tour sul-africano foi escolhida Khayelitsha, uma das maiores comunidades do país, que fica na Cidade do Cabo.
Khayelitsha é uma township, algo como as favelas brasileiras. Lá vivem cerca de 800 mil pessoas, quase todas negras, e um a cada três habitantes acima dos 15 anos tem Aids.
Ela foi criada em 1982 e fica a 30 quilômetros do centro da Cidade do Cabo. Ironicamente, é um dos primeiros lugares avistados por quem sai do aeroporto, exemplo da desigualdade que ainda há mesmo na cidade mais bonita da África do Sul. A comunidade fica bem perto do mar e tem até areia cobrindo algumas de suas ruas.
A imensa maioria dos moradores vive com dificuldade, em barracos feitos de telhas que esquentam muito no verão e são gelados durante o inverno. Mas Khayelitsha também ganhou sua área nobre após o fim do regime de segregação racial. Lá vivem alguns negros que ascenderam socialmente mas preferiram não se mudar. Construíram boas casas em uma região que posteriormente foi batizada de Beverly Hills.
Depois de Khayelitsha, o troféu passará por outros 37 lugares na África do Sul. O último deles, dia 5 de junho, será o distrito de Soweto, em Joanesburgo, onde fica o estádio Soccer City. É lá que em 11 de junho África do Sul e México abrem o Mundial e onde, em 11 de julho, a taça da Copa será erguida por seus novos donos.
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