
Ao conseguir a primeira tampa de refrigerante com o código da promoção e enviar pela internet, Carlos Eduardo Pina de Souza nem imaginava que, um mês depois, estaria no Estádio Ellis Park, na estreia do Brasil na Copa. E depois de 500 códigos enviados, foi o que aconteceu. De quebra, o menino de 12 anos, morador de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, ainda entrou em campo segurando a bandeira brasileira e levou os pais Valter Santos Gonçalves e Raquel dos Santos Pina de acompanhantes para a Africa do Sul.
Graças a ajuda de um amigo, que trabalha em uma lanchonete e trazia as tampinhas, a família participou tantas vezes. Como a promoção da Coca-Cola previa três sorteios, em dois eles venceram. No primeiro, a mãe ganhou um kit promocional. Mas o segundo foi muito melhor: uma viagem de uma semana para os três, com os pais podendo passear na espera pela estreia do Brasil, enquanto o filho ficava no hotel com outros meninos do mundo todo participando de atividades da Fifa.
Acontecimentos que Carlos não esquecerá nunca. "Até jogamos com a Jabulani. Perdemos para os holandeses, mas ganhamos do Japão e eu fiz um gol", conta, orgulhoso. Entre as atividades, o passeio no safári foi uma dos acontecimentos mais marcantes. "Teve um argentino que tomou um arranhão de um filhote de leão", revela, aos risos.
No hotel, Carlos aproveitou para se divertir com os meninos de outras nacionalidades. "De noite íamos batendo nas portas, tocando campainha, mas ninguém sabia quem era. Era 1 hora e nós estávamos assoprando vuvuzelas" , confessa. A única parte ruim da aventura foi a temperatura baixa. "Senti saudade do frio daqui".
Até que chegou o grande dia do jogo contra a Coreia do Norte, de mostrar o resultado do ensaio da semana com o símbolo nacional. No túnel, antes de levar a bandeira do Brasil com mais três sorteados, o jovem cumprimentou vários jogadores, mas foi o técnico Dunga que lhe chamou a atenção. "Sempre falam que ele é antipático, cara fechada. E ele não é", garante.
De volta a Colombo, Carlos agora vive o momento de celebridade. Já deu entrevista para tevê e foi o centro das atenções na sexta série do Colégio Estadual Genesio Moreschi. E a tietagem não foi só dos colegas. "Eu perdi uma aula de Inglês e metade de outra matéria contando sobre a viagem para a diretora", revela o estudante, para quem a Copa da Africa já é inesquecível.
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