Gana
Africanos estão relaxados
Com a suspensão de Dedé Ayew, filho de Abedi Pelé, dois jogadores disputam a vaga aberta na seleção de Gana: Sulley Muntari e Stephen Appiah. E ambos famosos, porém reservas , enaltecem o espírito da equipe. Appiah foi capitão na Copa de 2006 e nesta edição atuou poucos minutos. Quando não atua, a braçadeira fica com o zagueiro Mensah. Mas ele garantiu que não há tensão no elenco para a disputa do confronto decisivo contra o Uruguai, amanhã, às 15h30, em Johannesburgo.
Appiah explica que o bom momento da seleção se reflete na alegria dos jogadores, que cantam, dançam e riem porque estão relaxados. "Os atletas estão contentes e tranquilos por estarem juntos neste momento."
Já Muntari não soube lidar muito bem com a reserva. Ele esteve próximo de ser expulso do elenco por uma discussão com o técnico, o sérvio Milovan Rajevac. Agora, com a suspensão de Ayew pelo segundo amarelo, ele pode ganhar uma oportunidade para enfrentar a Celeste jogo mais importante da história do país africano. "No âmbito pessoal, quero deixar tudo de ruim para trás", avisou.
Técnico uruguaio Óscar Tabárez prefere não fazer mistério em relação à equipe que enfrenta Gana, amanhã, em Johannesburgo, pelas quartas de final da Copa. Ontem o treinador anunciou com antecedência os titulares do time, que terá duas substituições. Na zaga, Victorino entra no lugar de Godin, que está contundido. "Ele (Godin) não está treinando com a equipe porque eu não acho que ele está 100%", disse o técnico. No meio de campo, Alvaro Fernández ganha a vaga de Alvaro Pereira. "Pelo que vi nas últimas partidas, quando entrei no time, tinha esperanças de poder jogar. Agora espero para entrar em campo com alegria e responsabilidade", disse Fernández.
O meia revelou que o Uruguai também treinou pênaltis para a partida contra Gana, mas a atividade foi fechada aos jornalistas. "O que pode ocorrer no jogo se houver uma disputa de pênaltis não terá nada que ver com o que fizemos no treinamento. Foi apenas um momento de preparação", explicou Fernández, que costuma atuar mais pelo lado direito do campo, ao contrário de Pereira.
Sobre o confronto com Gana, Tabárez disse que o time está bem preparado. "Estamos calmos, mas sabemos que o importante é o jogo, não como estamos nos sentindo hoje [ontem]", disse.
A defesa uruguaia se mostra como a mais sólida do Mundial até agora, recordista de desarmes: 58 no total. Em segundo e terceiro, duas outas equipes sul-americanas: Paraguai, com 44, e Brasil, com 36.
Além da zaga e dos laterais, o esquema do técnico Tabárez prevê também que o meio de campo trabalhe para tirar a bola do adversário. O volante Arévalo tem 10 desarmes, perdendo somente para o capitão, o zagueiro Lugano, com 11.
Da mesma forma, a equipe vai bem quando fica com a bola do adversário. O Uruguai está em segundo, com 32 roubadas de bola, uma a menos do que os brasileiros.
A campanha uruguaia na África do Sul é a mais bem sucedida desde 1970, quando a equipe conquistou a quarta colocação, perdendo para o Brasil na semifinal.
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