Curiosidade
Vinho se destaca no país da Copa do Mundo
Da Redação
Se a comida na África do Sul pode ser considerada de certa maneira exótica, o mesmo definitivamente não se diz sobre o vinho do país. A indústria vinícola sul-africana se destaca. O produto é hoje um dos principais na balança de exportação agrícola. São cerca de 4 mil produtores, resultando em mais de 250 mil empregos diretos e indiretos.
As principais uvas da região são chenin, chardonnay, sauvignon blanc, viognier, para vinho branco, e cabernet, merlot, pinotage e shiraz, para vinho tinto.
O turismo nas regiões do vinho também é uma importante fonte de renda para o país-sede da Copa do Mundo. Fazem parte da rota do vinho sul-africano as regiões de Stellenbosch, Drakenstein, Witzenberg, Breede Valley, Breederiver Winelands e outras, principalmente na província de Western Cape. Desta região costeira sudoeste, que se beneficia das frias brisas do Oceano Atlântico, sai a tradição do bom vinho sul-africano.
A culinária sul-africana não é tão exótica quanto a chinesa, por exemplo, mas tem lá suas particularidades. Um bom medidor é a cara de espanto que fazem as duas atendentes do restaurante Lekgutla quando ouvem o pedido. Em vez de camarão ensopado, costela de carneiro ou frango grelhado, Medalhão de Springbok, um pequeno antílope, típico da região. De tão famoso, o animal se transformou no apelido do time local de rúgbi, o esporte preferido entre os brancos do país o futebol é a paixão dos negros.
Os olhos das moças se abrem ainda mais quando são informadas do que devem servir como entrada para o prato principal: Carpaccio de Crocodilo. As refeições são comuns na África do Sul, porém, raramente solicitadas por estrangeiros.
O Lekgutla se especializou nos pratos regionais, apesar de o cardápio não conter o famoso Bobotie, um cozido de carne moída, pão, leite, cebola, castanhas, passas, damascos e curry, prato predileto do ex-presidente Nelson Mandela. E ganha dinheiro com isso.
O ambiente é escuro, inspirado em casas típicas do interior da África do Sul, repleto de palhas e de produtos do artesanato local, como velas e pratos desenhados. Os funcionários pintam parte do rosto com tinta branca, copiando a simbologia das tribos indígenas. O conjunto todo chama a atenção de quem passa pela Nelson Mandela Square, um dos locais mais chiques de Johannesburgo. É quase impossível passar desapercebido pelo restaurante, ainda mais na hora do almoço.
Refeitos do susto, os garçons se apressam para atender rapidamente o pedido. É preciso juntar a entrada ao prato principal para a fotografia. Tudo não leva mais de 30 minutos. Terminado o cerimonial, é hora de degustar. Mora, que recebeu a incumbência de atender os aventureiros, fica por perto, rondando, como quem diz: "Quero ver comer".
O Carpaccio de Crocodilo, acompanhado de manga, tomate seco e molho pesto, dura muito pouco tempo sobre a mesa. Lembra, em aparência e gosto, o Presunto de Parma. Sai por 72 rands (R$ 18). Já o Medalhão de Springbok não agrada tanto à freguesia. A carne, cujo formato lembra o de uma linguiça, é tenra, sem gordura, mas com um gosto muito forte. É servida com batata cozida ou arroz. Custa o dobro (140 rands R$ 35).
Pratos limpos, conta paga, é só se despedir das Lekgutlas girls, ainda incrédulas com o apetite dos forasteiros brasileiros.
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