Uma enorme mesa de pedra, a cerca de mil metros de altura, com três quilômetros de extensão e 600 milhões de anos. A Table Mountain (também conhecida como montanha em forma de mesa) é o principal ponto turístico da Cidade do Cabo e, depois da eliminação dos Bafana Bafana da Copa, virou a grande vedete do país.
Explica-se: após o fim Mundial, a intenção do governo sul-africano é de que o turismo no país aumente relativamente. Para isso, contam com a imagem que foi passada na competição que está no fim. Do povo animado, do legado histórico e, principalmente, das belezas naturais do país.
E é aí que entra a importância do complexo rochoso formado há milhões de ano embaixo do mar e que hoje está bem acima dele. A Table Mountain está disputando com várias outras belezas naturais do planeta para ser uma das "Sete Maravilhas Naturais do Mundo". Outras de suas concorrentes, por exemplo, são as Cataratas do Iguaçu, Pantanal, Chapada Diamantina e Fernando de Noronha.
A votação se encerra no fim do ano. Pela forte concorrência, o governo aproveitou o período da Copa do Mundo, em que a mídia mundial está voltada à África do Sul e Cidade do Cabo onde hoje jogam Uruguai e Holanda por uma vaga na final para dar um grande empurrão na divulgação do ponto turístico, onde se vê o encontro do Oceano Atlântico com o Índico.
"Não há problema em fotografar, aqui estão os tíquetes, mas é necessário assinar um termo de compromisso", pediu Collete Van Aswegen, que é a responsável por resolver qualquer problema extraordinário por ali.
Ela já tinha a papelada toda na mão e a única exigência do documento era para que, seja onde quer que fosse veiculada a foto ou matéria, se incluísse o termo "New 7 Wonders of Nature" (Novas 7 Maravilhas da Natureza) o que, como se percebe, foi prontamente atendido.
A Table Moutain recebe cerca de 800 mil pessoas por ano, uma média de dois mil por dia. A ideia, de acordo com Collete, é que se a montanha for uma das sete escolhidas, o movimento aumente mais ou menos em 30%. O passeio custa 160 rands (R$ 40) e, para se chegar ao cume, são cinco minutos de bondinho. Pode-se também escalar o local com guias. E lá de cima a visão realmente compensa.
"É bem mais bonito que a Igreja do Rocio", brincou o paranaense Ítalo Martins. Depois, falando sério, afirmou que o local tinha o seu voto. "É impressionante", disse.
Junto dele, viajavam também o conterrâneo Angel Salgado e o paulista Daniel Oliveira. E foi engraçado quando eles estavam olhando para o litoral e avistaram, ao longe, o Estádio Green Point. "Que pena que o Felipe Melo e o Josué não poderão ver essa vista aqui", lembraram. Pena mesmo.
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