Neuer confessa ter visto o gol
Folhapress
"Neuer era só sorrisos ao final da partida, enquanto a Inglaterra preparava as malas para voltar". Assim afirmou o site do jornal britânico Telegraph, ontem, em matéria na qual o goleiro alemão admitiu ter visto a bola dentro de sua meta após chute de Lampard, aos 37 minutos do primeiro tempo. "Tentei não reagir ao árbitro e rapidamente me concentrar no que estava acontecendo. Foi difícil, mas foi gol", disse Neuer, antes de completar: "Mais tarde, vi pela televisão, enquanto fazia o exame antidoping, o que realmente ocorreu. Vi que entrou, provavelmente uns dois metros."
Outro que fez declarações polêmicas foi o meia Müller, eleito melhor jogador da partida. "Nós ouvimos [dos ingleses] que a bola passou da linha do gol e que nós tínhamos era muita sorte", falou o jovem atleta de 20 anos. Ao voltar do intervalo, Müller entrou disposto a provar que a Alemanha tinha mais do que sorte. Fez dois gols.
Já o meia Gerrard evitou o choro pela eliminação. "A Alemanha é um fantástico time e mereceu vencer. Eles foram mais eficientes nas finalizações e cometeram menos erros do que nós e por isso fomos punidos", comentou.
O primeiro erro escandaloso de arbitragem de ontem ocorreu aos 37 minutos do grande duelo das oitavas de final, entre Alemanha e Inglaterra. Os alemães venciam por 2 a 1 quando Lampard marcou um belo gol por cobertura. A bola tocou no travessão e caiu quase meio metro atrás da linha. Inexplicavelmente, o árbitro Jorge Larrionda e o bandeira Maurício Espinosa, ambos uruguaios, mandaram o jogo seguir. No segundo tempo, com os ingleses abertos, a jovem equipe alemã deu uma aula de como contra-atacar.
Um gostinho de vingança para uma seleção que há mais de quatro décadas foi prejudicada em um lance similar. No dia 30 de julho de 1966, a bola do inglês Hurst tocou no travessão e em cima da linha. Não entrou, mas o árbitro suíço Gottfried Dienst deu o gol. Após o empate por 2 a 2 no tempo normal, a seleção anfitriã do Mundial ficava em vantagem na prorrogação da final, que terminaria 4 a 2.
"O bandeirinha cometeu um erro inacreditável. Matou o jogo porque os alemães puderam seguir no contragolpe, algo que fazem muito bem. O erro arruinou tudo. Quando marcamos os dois gols, os alemães estavam sofrendo", lamentou o italiano Fabio Capello, técnico da Inglaterra.
Nem os alemães puderam fugir do óbvio: a bola entrou. O lateral-direito Lahm, por exemplo, abusou da sinceridade ao falar sobre o uso de recursos eletrônicos: "Estamos felizes por essa tecnologia não ter sido usada hoje. Mas sou totalmente a favor, pois há lances muito importantes que podem ser alterados."
O telão vinha mostrando os replays das jogadas. Como não exibiu novamente essa, ficou claro que a arbitragem havia errado e as vaias da maioria inglesa tomaram conta do estádio.
Justiça seja feita, a Alemanha foi melhor durante quase toda a partida. O próprio Lahm, apesar de reconhecer que o lance poderia mudar as coisas, lembrou aos ingleses a superioridade de seu time. "Talvez eles não tenham se preparado bem para a partida, por sermos uma equipe jovem e sem tantos atletas famosos."
O esquema 4-2-3-1 engoliu o 4-4-2 inglês na primeira meia-hora. No meio de campo, os volantes Khedira e Schweinsteiger marcam e sabem jogar. Especialmente o segundo, que tomou o controle do setor. Com a velocidade de Müller, pela direita, Özil, se movimentando pelos dois lados, e Podolski, pela esquerda, a Inglaterra via uma avalanche ofensiva sobre a sua defesa.
O artilheiro Klose abriu o placar e Podolski ampliou após bela troca de passes. Mas o zagueiro Upson diminuiu, a jovem equipe alemã sentiu e o English Team cresceu. Então veio o polêmico lance.
Com a vantagem mantida, o técnico Joachim Löw teve chance de reorganizar o time no intervalo. "Eu disse que precisávamos tentar marcar o terceiro. Sabíamos que poderíamos matar a Inglaterra no contra-ataque, porque estavam muito abertos", contou. Dito e feito. Em uma verdadeira aula sobre a jogada símbolo do futebol moderno, Müller apareceu duas vezes na cara do goleiro James e consolidou a goleada.
Os ingleses ainda foram para cima, desordenados. Mas conseguiriam no máximo o segundo gol. Seria a ironia perfeita, 44 anos depois do famoso 4 a 2 em Wembley.
Lula arranca uma surpreendente concessão dos militares
Polêmicas com Janja vão além do constrangimento e viram problema real para o governo
Cid Gomes vê “acúmulo de poder” no PT do Ceará e sinaliza racha com governador
Lista de indiciados da PF: Bolsonaro e Braga Netto nas mãos de Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
Deixe sua opinião