Mapa das intervenções e gastos| Foto:
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Iniciada recentemente, a obra do viaduto estaiado no cruzamento da Avenida das Torres com a Rua Francisco H. dos Santos torna o trânsito lento na região
Trator na obra do viaduto estaiado
Máquinas na obra do viaduto estaiado e trânsito lento ao fundo
O trânsito nos dois sentidos da Av. das Torres ficou prejudicado com o início das obras
Canteiro central da Av. das Torres abriga as máquinas da obra
Alteração no tráfego sentido São José dos Pinhais
Carros circulam por apenas duas das três faixas
Trânsito complicado no sentido Curitiba
Construção de trincheira causa transtornos no trânsito na altura da Vila das Torres
Desvio na altura da Vila das Torres
Asfalto removido no cruzamento da Av. das Torres com a Rua Guabirotuba
Pista sentido São José dos Pinhais está bloqueada
Carros dividem pista na Avenida das Torres
Desvio torna o trânsito lento na Avenida das Torres
Entrada dos carros sentido Viaduto do Capanema
Carro passa próximo a buraco da obra
Rua Guabirotuba está bloqueada
Guarda orienta o trânsito na Avenida das Torres
Obras em andamento na altura da Vila das Torres
Buraco no cruzamento da Avenida das Torres com a Rua Guabirotuba
Fim do desvio na pista sentido São José dos Pinhais na altura da Vila das Torres
Guarda para o trânsito na altura da Vila das Torres
Entulhos na obra da Rua Guabirotuba
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Obras na Avenida das Torres

Engana-se quem pensa que estádios e aeroportos mais confortáveis e seguros são considerados os principais legados de uma Copa do Mun­­do. Pelo menos para o curitibano, as obras de mobilidade urbana assumem o papel de projetos mais vantajosos para a cidade. Essa foi a resposta de 45% dos 420 entrevistados pela Paraná Pesquisas.

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Bem atrás das obras de mobilidade urbana, aparecem as reformas no Afonso Pena, com 21% da preferência dos entrevistados, a Rodoferroviária (14,52%) e as obras da Copel de moder­­nização da distribuição de energia (12,62%). Apenas 2,62% dos entrevistados apontaram a reforma da Arena da Baixada como o grande legado do evento.

No total, Curitiba receberá nove obras de mobili­dade urbana, que consumirão R$ 543,9 milhões dos cofres públicos. Desse total, seis saíram do papel a partir de março e devem ser entregues até dezembro de 2013. "Estamos completamente dentro dos prazos da planilha do governo federal", garante Cléver de Almeida, presidente do Instituto de Pes­quisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

Das sete obras cujas execuções são de responsabilidade da prefeitura de Curitiba, apenas a requalificação da Avenida Cândido de Abreu não foi iniciada, o que deve ocorrer em janeiro de 2013. A previsão é de que a in­tervenção seja entregue em outubro.

Apesar de dentro dos prazos, as obras demoraram a começar e tiveram seus orçamentos reajustados (veja gráfico ao lado). Fábio Duar­te, professor de gestão urbana da PUCPR, vê caráter eleitoral na escolha do ano em que se iniciou a maioria das obras. "O calendário está ligado a outubro de 2012 [mês das eleições municipais]. [As obras] ficarão prontas, mas talvez mais caras e em datas muito próximas do Mundial".

Carlos Hardt, diretor do curso de arquitetura e urbanismo da PUCPR, acredita que eventuais atrasos podem ter justificativa plausível. "Em algumas situações, vale à pena retardar um pouco para ter projetos básicos e executivos mais bem desenvolvidos", afirma o engenheiro, antes de fazer uma ressalva: "Agora, atrasos não justificados podem causar sobrepreço e risco ao cumprimento de prazos".

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Apesar de serem citadas pela população como principal legado do evento da Fifa, as obras de mobilidade urbana foram classificadas por Luiz de Carvalho, secretário municipal para Assuntos da Copa, como ‘complementares’. "Não são grandes obras, mas, sim, obras complementares. A prefeitura fez projetos para dar sobrevida e qualidade a sistemas já existentes", diz Carvalho.

Se o município comemora o início de suas obras, a Coordenação da Região Me­tropolitana de Curitiba (Comec), órgão do governo do estado, já vê a possibilidade de um de seus projetos não ficar pronto a tempo do Mundial. Isso pode acontecer com o esperado corredor metropolitano, obra viária de 70 km, que ligará sete municípios da Região Metropolitana de Curitiba e desafogará o trânsito da capital.

"Existe essa possibilidade, mas estamos trabalhando para entregar a obra. Divi­dimos a intervenção em três lotes e um deles com certeza será entregue. Em relação aos outros dois, pode ser que dividamos em mais lotes para facilitar a licitação", explica Rui Kiyoshi Hara, coordenador da Comec.

Apesar dos atrasos, o cenário curitibano ainda é melhor do que o nacional. Do total de 51 obras de mobilidade urbana previstas para o evento, 31% ainda estão em licitação ou aguardam elaboração de projetos para serem licitadas. Essas intervenções devem consumir R$ 12 bilhões dos cofres públicos, dos quais R$ 4,7 bilhões ainda não foram empregados na prática.

Copel investe para evitar apagão na Copa

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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) promete investir R$ 486 milhões em 150 obras para melhorar a infraestrutura de fornecimento de energia antes, durante e depois da Copa de 2014. A intenção é garantir risco zero de queda de energia durante o evento.

De acordo com o governo estadual, as obras garantirão maior disponibilidade de energia e confiabilidade no fornecimento. A Copel pretende criar novas subestações e linhas de distribuição, automatizar a rede, adquirir equipamentos e reformar os antigos.

As obras atenderão também o litoral e sete municípios da Região Metropolitana de Curitiba: Almirante Ta­mandaré, Araucária, Cam­­po Magro, Colombo, Fazenda Rio Grande, Pinhais e São Jo­­sé dos Pinhais. A Arena da Bai­­xada está incluída nos investimentos. O estádio atleticano receberá um projeto de dupla alimentação, que já está 90% concluído de acordo com a secretaria da Copa.

Segundo o governo, 79 obras já foram concluídas, 55 estão em andamento e 16 ainda devem começar.