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A Alemanha de Müller foi recebida com festa em Santa Cruz Cabrália, na Bahia, onde está concentrada | Marcus Brandt/ EFE
A Alemanha de Müller foi recebida com festa em Santa Cruz Cabrália, na Bahia, onde está concentrada| Foto: Marcus Brandt/ EFE

Afagos

Ontem, os atletas alemães continuaram "confortando" os torcedores brasileiros após a humilhante derrota no Mineirão. A goleada por 7 a 1 representou o maior vexame da história do futebol nacional. O atacante Podolski postou, em português, uma mensagem de três parágrafos na rede social Instagram e pediu respeito dos fãs com a "Amarelinha". "O Brasil sempre será o país do futebol. Nossos heróis que nos inspiraram são todos daqui", escreveu. O meia Özil foi outro que se manifestou. "Esse jogo não pode destruir seu orgulho. Vocês têm um país maravilhoso, um povo fantástico e jogadores incríveis", disse o camisa 8 do time germânico.

O universo do futebol está aos pés da Alemanha. Após a vitória massacrante por 7 a 1 diante do Brasil, na semifinal da Copa, ficou difícil não se render e encher os germânicos de elogios. A repercussão foi mundial. O difícil desafio dos europeus, no entanto, é ignorar tudo isso, esquecer a goleada histórica e se concentrar totalmente na Argentina, adversária da final deste domingo, às 16 horas, no Maracanã.

No dia seguinte ao triunfo diante dos brasileiros, prevaleceu o clima de euforia entre os torcedores alemães. Nas principais cidades do país, como Berlim, Frankfurt e Munique, milhares de pessoas passaram a madrugada nas ruas festejando. Buzinaço, música e cerveja, é claro, deram o tom na celebração.

Em Stuttgart, os familiares do ex-atacante Jürgen Klinsmann, atual técnico dos EUA, passaram a comercializar na padaria que administram biscoitos especiais com a inscrição "7:1". Também ontem, o governo anunciou que a chanceler Angela Merkel e o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, vão acompanhar a decisão da Copa no estádio. "Compartilho da opinião mundial de que foi um jogo que merece ser chamado quase de histórico. Ao time desejo muita energia e concentração", declarou Merkel.

O eco pelo resultado não se restringiu à Alemanha. O Empire State Building, prédio mais famoso de Nova York, foi iluminado com as cores vermelha, amarela e preta em homenagem aos vitoriosos. No Rio de Janeiro, palco da final, bandeiras germânicas foram vistas em alguns edifícios. Fogos de artifício e muitos gritos de incentivo marcaram o retorno dos jogadores alemães para Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia, local de treinamentos da seleção.

A blindagem ao entorno festivo, porém, já começou. O tom no discurso dos atletas é unânime: a Copa não acabou, ainda falta um jogo para a conquista do tetracampeonato mundial. "Ninguém se torna campeão do mundo na semifinal. Com certeza teremos um jogo mais difícil pela frente. Vamos ter de entregar o nosso melhor desempenho ou perderemos", ressaltou o meia Toni Kroos, autor de dois gols e eleito o melhor em campo na vitória sobre o Brasil. "Precisamos nos acalmar. Não podemos mudar o foco por termos feito sete gols", disse o zagueiro Mertesacker, admitindo as dificuldades em controlar a empolgação.

De uma coisa a Alemanha não poderá escapar: assumiu o posto de seleção mais admirada e grande favorita na decisão. "Temos de ser modestos agora. Ninguém pode se colocar como invencível", alertou o técnico Joachim Low.

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