A Fifa vai modificar a forma de apresentar o resultado do sistema de tecnologia que identifica se uma bola cruzou ou não a linha do gol. No domingo (15), a França estreou o instrumento ao marcar seu segundo contra no jogo contra Honduras.
O goleiro tirou em cima da linha. Mas o "Goal Line Technology (Tecnologia da Linha do Gol)" - nome oficial do "olho mágico" da Fifa - identificou que a bola tinha cruzado a linha da meta.
O problema é que, no momento de mostrar ao estádio e nas televisões de todo o mundo o lance, o sistema primeiro identificou que, numa etapa inicial, a bola havia batido na trave e de fato não tinha entrado. Nos telões, o sistema apareceu como a mensagem "não-gol". Logo depois, a bola então percorreu a linha do gol e acabou cruzando a meta, com a ajuda do goleiro de Honduras.
Foi neste momento que o sistema então acusou que havia sido gol. O que a Fifa quer fazer agora é justamente adaptar o sistema para permitir que só o lance final seja divulgado e já com a mensagem definitiva. Ou seja, se foi ou não gol. "O sistema funcionou muito bem. Só é uma questão de adaptar para que a mensagem seja clara", explicou Delia Fischer, porta-voz da Fifa
Essa é a primeira Copa do Mundo que o sistema é utilizado, depois de anos de polêmicas sobre o que deveria acontecer em casos de dúvidas. Mais de nove empresas foram avaliadas e, ao final de um longo processo, foi escolhido o sistema pelo qual câmeras controlam se a bola cruzou a linha do gol. Uma mensagem é enviada de forma instantânea ao árbitro da partida, em seu relógio.
Mas Joseph Blatter, presidente da Fifa, quer ainda mais tecnologia no futebol. Na semana passada, ele anunciou que quer a introdução de replays de lances, o que daria a chance para que um técnico questionasse a decisão dos árbitros. Zico, maior ídolo da história do Flamengo, foi um dos que defendeu o uso de tecnologia. "Tem gente que faz gol com a mão em Copa e esses lances precisam ser punidos", disse, em uma referência indireta ao gol de Maradona em 1986 contra a Inglaterra. "Se temos a tecnologia, temos de usar", completou.