Arena da Baixada recebeu pouco mais de 23 mil pessoas no jogo-teste| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Esqueça a Baixada

Por André Pugliesi

Torcedor, esqueça a Arena até dezembro de 2011, quando o estádio foi fechado após o Brasileiro. Embora tenha mantido o estilo da construção antiga, a casa atleticana parece ter mudado completamente para receber a Copa do Mundo. Com o fechamento do lado oposto, da Brasílio Itiberê, o campo ficou mais "apertado" e o barulho da torcida soa ainda mais forte. Pior para os adversários do Atlético no futuro.

Quanto aos preparativos para o Mundial, parece impossível que tudo esteja pronto para ser entregue no próximo dia 22, quando a Fifa inicia a operação da sede curitibana, e até para o dia 16 de julho, data do primeiro jogo, entre Irã e Nigéria. A Baixada está crua, mesmo para os padrões das novas arenas, todas quase sem nenhum acabamento. Resultado da acidentada preparação paranaense para o evento. A correria promete ser grande.

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A Arena da Baixada será entregue à Fifa para a Copa, dentro de uma semana, provavelmente sem um teste com capacidade total. Em meio à satisfação com o evento de ontem, Atlético, Comitê Organizador Local, prefeitura e governo do estado praticamente descartaram a realização de uma segunda partida, até 21 de maio, véspera do início do período exclusivo.

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"Não decidimos ainda, porém é muito mais para não do que sim. Tentamos adiar o jogo nosso contra o Corinthians pelo Brasileiro, mas lamentavelmente por questões de grade, CBF e Globo entenderam que seria difícil", afirmou o presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia. "Ainda assim, quem garante que viriam 43 mil? Nem de graça", acrescentou o dirigente. Ontem, com a possibilidade de receber 30 mil torcedores, a Arena registrou um público de pouco mais de 20 mil pagantes.

Semana passada, Petraglia viajou até o Rio tentar adiar o jogo do Brasileiro. Paralelamente, contou com o diretor-geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, para conseguir um adversário. Samek tratou diretamente com Horácio Cartes, presidente do Paraguai e do Libertad, para conseguir a presença do clube paraguaio.

Sem um novo jogo, é certo que pelo menos duas áreas chegarão à Copa sem teste total. Ontem, a estrutura de imprensa foi toda improvisada. Havia banheiros químicos, os jornalistas foram acomodados na arquibancada inferior, não tinha linhas de transmissão, sala de entrevistas ou zona mista. "Nada do que foi visto hoje pode ser tirado para a Copa", admitiu Thiago Paes, chefe de operações do COL. "Nossa intenção era não receber a imprensa, mas houve interferência do COL e abriu para todos os senhores", disse o presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia.

Outro setor foi o acesso dos torcedores. Na Copa, o boulevard da Praça Afonso Botelho e as entradas pelas ruas Coronel Dulcídio e Petit Carneiro se juntarão aos acessos da Getúlio Vargas e da Brasílio Itiberê.

Prefeitura de Curitiba e governo do estado celebraram o teste de ontem. Em meio a termos como "satisfação", "orgulho" e "alívio", os secretários Mario Celso Cunha (estadual) e Reginaldo Cordeiro (municipal) descartaram um segundo teste. Embora tenham aprovado a experiência, os representantes do COL foram mais comedidos.

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"O teste foi um exemplo de que dá para acelerar e para entregar o estádio em condições para a Fifa", disse o CEO do Comitê, Ricardo Trade.

Petraglia assimilou o recado. Questionado sobre se o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, já pode pedir a caipirinha que pretende tomar na abertura da Copa para comemorar, o dirigente foi comedido. "Ainda não. Estamos apreensivos mais uma semana. Temos de continuar trabalhando da mesma forma. Claro que com menor pressão, angústia e ansiedade do que vivemos de janeiro até este momento. Mas a caipirinha terá sabor acima da média", disse o presidente rubro-negro.

Avaliação do estádio

Aprovado!Deixou a desejar!

Alimentação

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O refrigerante custava R$ 5, água R$ 2, sanduíches e cachorro-quente a R$ 6, além de pipoca e picolé. A quantidade de bares era suficiente.

Conforto

No setor inferior as cadeiras são reclináveis, maiores e melhores que as do superior. A visibilidade do gramado é ótima em qualquer setor.

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Estacionamento

O estacionamento da Arena não está pronto. Os torcedores enfrentaram dificuldades para deixar o carro nas imediações.

Gramado

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Replantado recentemente com a grama de inverno, apresentou ótimas condições. Estava liso por causa da chuva.

Imprensa

O setor não está terminado. A imprensa foi acomodada, de forma improvisada, na curva do lado esquerdo da reta da Brasílio Itiberê.

Acessos

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As entradas pela Getúlio Vargas e Brasílio Itiberê comportaram o fluxo de torcedores para o amistoso.

Limpeza

O estádio estava limpo, exceto pela poeira da obra. Da mesma forma os banheiros, que contavam ainda com um servente cada.

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Mobilidade interna

Os acessos e corredores estão com a sinalização praticamente pronta. São mais amplos do que na versão anterior da Arena. Não foi difícil circular com o público presente no amistoso.

Mobilidade externa

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Com a obra ainda em andamento, havia entulho, pedras soltas e lama (por causa da chuva) em diversos locais no entorno do estádio. O acesso pela Praça Afonso Botelho não foi utilizado, o que restringiu e complicou o fluxo.

Jogo-teste da Arena