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Carlos Arcos, arquiteto responsável pela obra da Arena, fala sobre o cronograma | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Carlos Arcos, arquiteto responsável pela obra da Arena, fala sobre o cronograma| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Finanças

Assembleia vota na segunda-feira projeto de empréstimo do BNDES

A Assembleia Legislativa do Paraná vota, na próxima segunda-feira, o projeto de lei 213/11, que autoriza o governo estadual a emprestar dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para viabilizar a reforma da Arena. O valor da operação de crédito será de R$ 138,4 milhões.

O projeto tramitou em regime de urgência, passando pelas comissões de Constituição e Justiça, Finanças e Orçamento, e recebendo na quarta-feira o parecer favorável para ir ao plenário. O dinheiro será entregue ao Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), responsável por conduzir a engenharia que permitirá o aporte de financiamento público ao estádio, através do potencial construtivo.

O Atlético espera que o financiamento seja liberado em julho. "Cada hora é uma exigência nova. Por isso, a demora. Mas temos a garantia do Ministro [do Esporte], Aldo Rebelo, de que vai sair", ponderou o secretário estadual para Assuntos da Copa 2014, Mario Celso Cunha.

Sem evolução

Depois do anúncio, na quarta-feira, de que apenas 5% das obras para a Copa de 2014 estavam prontas, o Ministério do Esporte indicou que esse número não deve apresentar melhora significativa no próximo balanço, a ser divulgado em outubro.

O secretário executivo da pasta, Luís Fernandes, disse que novas obras serão incluídas na operação, o que torna impossível estabelecer uma meta a ser atingida.

  • O detalhe de como o estádio ficará em 2014

O Atlético deu uma trégua ao silêncio que norteia a sua administração e es­­pe­­cialmente no tocante às obras da Arena. Dois meses após ser cobrado por informação e transpa­­rência na última audiência da Câmara Temática de Estádios, ontem, o novo encontro do grupo, orga­­ni­­zado pela secretaria de Assuntos da Copa 2014, contou com a presença do arquiteto uruguaio Carlos Arcos. Responsável pela adequação do estádio rubro-negro para o Mundial, ele apresentou um detalhamento pouco conhecido do público sobre o projeto.

Do cronograma às cores, da grama ao legado, o ar­­qui­­teto exibiu na reunião, rea­­lizada na Federação Pa­­­ranaense de Futebol (FPF), a mesma apresentação previamente feita pelo clube a representantes da Fifa. A audiência teve a participação de representantes de órgãos públicos como Sanepar, Ippuc, Coordenação da Região Me­­tropolitana de Curitiba (Co­­mec), Tribunal de Contas, Compagás e Polícia Militar, entre outros.

Quanto ao tom da nova casa atleticana, nada de vermelho e preto. "O estádio será neutro. Branco e cinza claro [por dentro e por fora]. Sendo então decorado por quem usar da cor que quiser, com banners e luzes, pois será um estádio para muitos eventos. Se a Shakira vier tocar e quiser um estádio amarelo, vai decorar de amarelo", exemplificou Arcos.

A apresentação mostrou cada passo previsto para o andamento da obra, com término esperado para março de 2013, com mais três meses de finalização até a entrega. Entre os últimos detalhes agendados para este período, está programado o plantio no novo piso.

"Teremos um dos melhores gramados do país, com uma grama de inverno misturada a 36% de grama sintética. Haverá ainda um aquecimento do campo, através de serpentinas, para manter a temperatura ideal e solucionar o problema do sombreamento da grama. É uma tecnologia desenvolvida há décadas na Europa", explicou.

A explanação do arquiteto coincidiu com a divulgação, na quarta-feira, dos novos balanços do governo federal sobre as obras da Copa. Ele contestou os números que classificaram a Arena com apenas 11% do cronograma realizado. Segundo ele, a construção já teria avançado até 19%.

"Não é contada também a obra já realizada. Com isso, temos 40% do estádio pronto. Outros estádios saíram do zero", completou o arquiteto, que não quis se aprofundar no avanço dos valores da obra, insistindo nos R$ 184,6 milhões anteriormente orçados, e que hoje já estariam em R$ 234 milhões. "O resto são impostos", resumiu.

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