O estádio que mais preocupa a Fifa para a Copa de 2014 ganhará dois anos a mais para o pagamento de um dos empréstimos para a sua reforma.
A prefeitura de Curitiba analisa uma proposta da Fomento Paraná para que os R$ 30 milhões financiados pela autarquia estadual para o Atlético aplicar na Arena sejam pagos em 5 de dezembro de 2015, não mais amanhã, como previsto no contrato assinado em junho de 2012. A prorrogação já foi acertada entre as partes, restando apenas o aval jurídico.
A nova data será oficializada na semana em que a Fifa tornou pública a preocupação com o andamento da obra. Ontem, na Costa do Sauípe (Bahia), o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, confirmou informação antecipada pela Gazeta do Povo de que a Arena só estará pronta em fevereiro.
"Curitiba é o estádio no qual temos mais problemas e claramente não será entregue antes do fim de fevereiro de 2014, isto é um fato", afirmou Valcke, que citou Cuiabá como outra sede problemática e anunciou a entrega da Arena Corinthians para fevereiro.
O cronograma da Baixada foi empurrado pelos novos prazos para instalação da cobertura, iluminação e 10 mil assentos (15/1), além da aplicação do gramado (21/1). São os itens necessários para a realização do evento-teste, que estava marcado para 26/1. A maior preocupação de Valcke, contudo, é com as instalações temporárias e o andamento da venda de ingressos. "Vamos aumentar a mão de obra para que todas as instalações temporárias sejam montadas. O plano para venda de ingressos por assento terá de esperar, porque ainda não temos o mapa do estádio", resignou-se.
O novo cronograma foi apresentado à organização da Copa na segunda-feira, em uma reunião com representantes da prefeitura de Curitiba, governo estadual, Atlético e Fomento Paraná. Também foi exposta a nova engenharia financeira para o pagamento dos R$ 265,2 milhões que devem ser investidos no estádio.
Uma conta composta por três empréstimos um do BNDES, um da Fomento e o terceiro ainda em discussão sobre qual instituição concederá. O primeiro, de R$ 30 milhões, tomado da Fomento Paraná, deveria ser pago amanhã, em parcela única, com a receita da venda de 60 mil cotas de potencial construtivo.
A Fomento, no entanto, já encaminhou à prefeitura um processo para pedir a prorrogação do prazo até 5 de dezembro de 2015, sem mudança no valor a ser pago. A alteração será formalizada após aprovação do jurídico da administração municipal.
"Vamos concordar com a mudança porque sabemos que não conseguiremos comercializar o potencial construtivo a tempo. É uma questão de necessidade", justificou o secretário municipal de Copa, Reginaldo Cordeiro.
Até 29/11, haviam sido vendidas 6.299 cotas, com uma renda de R$ 3,8 milhões. Como o pagamento pode ser parcelado em até oito vezes, só parte deste montante entrou na conta destinada à operação.
Via assessoria de imprensa, a Fomento informou que não poderia se manifestar porque a operação é protegida por sigilo bancário.
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